Resumo

O objetivo foi comparar os efeitos de programas lutas adaptadas com programas de treinamento resistido sobre a autonomia funcional, força muscular, qualidade de vida (QV) e densidade mineral óssea (DMO) de mulheres na pós-menopausa em tratamento farmacológico. A amostra foi composta por 85 voluntárias com 50 anos ou mais de idade separadas randomicamente em cinco grupos: treino resistido 2x/semana (TR2; n=16; 60,6±7,5 anos); treinamento resistido 3x/semana (TR3; n=20; 56,3±5,2 anos); karate adaptado (TKA; n=16; 61,3±7,9 anos); judô adaptado (TJA; n=17; 55,5±4,2 anos) e grupo controle (GC; n=16; 55,3±6,8 anos). Para as avaliações foram usados: densitometria de dupla energia por Raio-X (DXA), protocolo de autonomia funcional GEDLAM, teste de força de 10 repetições máximas e o Osteoporosis Assessment Questionnaire (OPAQ) para QV. Os programas de exercícios foram realizados em um período de 13 meses, os grupos TR3, TJA e TKA realizaram as atividades três vezes/semana, já o TR2 teve frequência de duas vezes/semana. Todas as voluntárias estavam tomando vitamina D+ e/ou alendronato, de acordo com escore T. Utilizou-se testes paramétricos e não paramétricos para análise de variância na análise estatística. Os resultados mostraram que todos os grupos experimentais tiveram uma melhora estatística (p<0,0001) para a força muscular de membros inferiores e todos os experimentais foram melhores (p<0,0001) que o GC. Além disso, o TR2 apresentou resultados melhores em relação ao TKA e TJA (p<0,05), já o TR3 apresentou o melhor resultado comparado aos outros grupos experimentais (p<0,0001). Para a DMO da lombar os grupos TR3 e TJA apresentaram melhoras intra-grupos (p<0,05) e todos os experimentais foram melhores que o GC (p<0,05). Para a DMO do trocanter todos os grupos experimentais apresentaram melhoras intra-grupos (p<0,05), porém, somente o TJA mostrou diferença (p<0,05) comparado aos grupos TKA e GC. Já em relação ao colo e fêmur total somente o TR3 apresentou melhoras intra-grupo (p<0,05) e não houve nenhuma diferença intergrupos. E, para a DMO total os grupos TR3 e TJA tiveram melhoras intra-grupos (p<0,05), sendo que o TJA foi melhor que GC (p=0,009). Para a autonomia funcional os grupos TJA, TKA e TR3 apresentaram melhoras intragruos (p<0,05) e estes também foram melhores (p<0,05) comparados ao GC. Além disso, o TR3 apresentou diferenças (p<0,05) para autonomia, comparado aos grupos TJA e TR2. Para a QV todos os grupos experimentais apresentaram melhoras (p<0,05) intra-grupos e com exceção do TKA, todos foram melhores (p<0,05) que o GC. Além disso, o TR3 teve melhores resultados para QV (p<0,05) comparado ao TJA e TKA e ainda o TJA e o TR2 também apresentaram melhor QV (p<0,05) comparados ao TKA. Conclui-se que os grupos experimentais apresentaram resultados favoráveis para a DMO e variáveis relacionadas ao risco de quedas após 13 meses de intervenção. Contudo, os grupos TJA e TR3 apresentaram os melhores resultados. 

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