Impacto do Programa de Fisioterapia Aquática Funcional em Idosos com Hipertensão Arterial
Por Bianca Ferdin Carnavale (Autor), Bruna Pianna (Autor), Silvia Regina Barrile (Autor), Guilherme Eleutério Alcalde (Autor), Júlia Moretto Moratelli (Autor), Eduardo Aguilar Arca (Autor).
Resumo
O objetivo do estudo foi verificar a influência do programa de fisioterapia aquática na aptidão funcional, pressão arterial e qualidade de vida em idosos hipertensos. Os voluntários foram alocados por conveniência em dois grupos: grupo aquático (GA), que foram submetidos ao programa de fisioterapia aquática e o grupo controle (GC). A coleta de dados constituiu das medidas da pressão arterial, aplicação dos testes de caminhada de 6 minutos (TC6), flexibilidade, timed up and go (TUG) e questionário de qualidade de vida WHOQOL-bref, nos momentos pré e pós-intervenção aquática. O programa de intervenção teve duração de 16 semanas, sendo constituído por exercícios aeróbicos e funcionais. Para os dados paramétricos, foram utilizados os testes t de Student para duas amostras independentes para comparação dos grupos e duas amostras pareadas para comparação dos momentos. Para os dados não paramétricos foram aplicados os testes de Mann-Whitney para comparação dos grupos e Wilcoxon para comparação dos momentos. Em todos os testes, foi considerado resultado estatisticamente significante quando p < 0,05. Na comparação entre os grupos houve diferença nos momentos pós do teste de flexibilidade de 18,95 (10,20-36,03) cm no GA para 10,50 (5,73-21,83) cm (p = 0,02) no GC. Na comparação entre os momentos houve modificações dos valores do teste de flexibilidade de 11,80
(3,0-27,30) cm para 15,05 (10,20-36,03) cm (p = 0,01) e do TC6 de 409,25 (300,0-600,0) m para 488,50 (349,0-616,0) m (p = 0,002) no GA. Pode-se inferir que a fisioterapia aquática contribui para a melhora da aptidão funcional em idosos com doenças crônicas não transmissíveis.