Impacto do Sedentarismo em Maiores de 50 Anos Provocado Pelo Isolamento Social Pelo Covid-19
Por Rosamaria Rodrigues Garcia (Autor), Fernanda Farias Nascimento (Autor), Giovanna Carvalho Corneal (Autor), Bianca Ellen Kuzl (Autor), Catharina Trofimovas Gonçalves (Autor), Jordana Teixeira Sena (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: A pandemia do COVID-19 trouxe efeitos sociais, econômicos e psicológicos, principalmente pela imposição da quarentena/isolamento social. Idosos são suscetíveis a doenças graves e mortes, pelo declínio do sistema imunológico e comorbidades. Objetivo: descrever o impacto do sedentarismo em 152 indivíduos durante o isolamento social. Método: estudo transversal, quantitativo, descritivo. Foi enviado questionário pelo celular de pessoas com 50 anos ou mais, ambos os sexos, recrutados por conveniência. O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética (CAAE 34505020.5.0000.5510), Resultados: participaram 152 pessoas (120 mulheres e 32 homens), com média de 58,7 anos (50 a 90 anos), maioria casada (69,7%). Dentre os participantes, 58,5% referiram problemas de saúde, 48% precisaram parar a prática esportiva ou tratamento especializado devido à pandemia, 44,7% não estão realizando caminhada ou exercícios em casa e apenas 14,5% praticam 5 vezes ou mais. Por outro lado, 90,8% sabem corno fazê-los em casa. Quanto ao comportamento sedentário, 38,1% permanecem entre 3 e 4 horas sentados e 27% passam mais de 5 horas. Apenas 5,9% permanecem mais de 5 horas deitados por dia (excetuando-se o período em que dormem). Quanto ao sedentarismo, 30,2% interromperam a prática de atividade fisica (AF) devido à pandemia e sentiram-se mais cansados para realizar atividades de vida diária (AVD), 21% não eram praticantes, mas sentiram-se mais cansados para fazer AVD, 28,3% que pararam AF, sentiram dores inexistentes antes da pandemia, 20,4% não eram praticantes mas experimentaram novas dores, 33,5% que precisaram parar AF sentiram diferença no corpo, como fraqueza muscular, dispneia, aumento de peso, desânimo, insônia etc, e 21,7% dos não praticantes sentiram diferença no corpo_ Dentre aqueles que compreendem o exercício como recurso para auxiliar na disposição para realizar tarefas, 53,9% acreditam que o exercício os ajuda a manterem-se ativos e fazer mais do que o de costume, 34,8% referem que conseguem realizar melhor as tarefas. Conclusão: ficou evidente o impacto negativo do sedentarismo provocado pelo isolamento
social na amostra. Observou-se que apesar de saberem realizar e reconhecer benefícios da prática de exercícios em casa, a maioria não está realizando-os durante a pandemia, o que pode piorar as repercussões deletérias. Torna-se necessária implantação de medidas educacionais que incentivem a incorporação da prática diária de exercidos, ainda que em plena pandemia.