Resumo

Introdução: A pandemia do COVID-19 trouxe efeitos sociais, econômicos e psicológicos, principalmente pela imposição da quarentena/isolamento social. Idosos são suscetíveis a doenças graves e mortes, pelo declínio do sistema imunológico e comorbidades. Objetivo: descrever o impacto do sedentarismo em 152 indivíduos durante o isolamento social. Método: estudo transversal, quantitativo, descritivo. Foi enviado questionário pelo celular de pessoas com 50 anos ou mais, ambos os sexos, recrutados por conveniência. O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética (CAAE 34505020.5.0000.5510), Resultados: participaram 152 pessoas (120 mulheres e 32 homens), com média de 58,7 anos (50 a 90 anos), maioria casada (69,7%). Dentre os participantes, 58,5% referiram problemas de saúde, 48% precisaram parar a prática esportiva ou tratamento especializado devido à pandemia, 44,7% não estão realizando caminhada ou exercícios em casa e apenas 14,5% praticam 5 vezes ou mais. Por outro lado, 90,8% sabem corno fazê-los em casa. Quanto ao comportamento sedentário, 38,1% permanecem entre 3 e 4 horas sentados e 27% passam mais de 5 horas. Apenas 5,9% permanecem mais de 5 horas deitados por dia (excetuando-se o período em que dormem). Quanto ao sedentarismo, 30,2% interromperam a prática de atividade fisica (AF) devido à pandemia e sentiram-se mais cansados para realizar atividades de vida diária (AVD), 21% não eram praticantes, mas sentiram-se mais cansados para fazer AVD, 28,3% que pararam AF, sentiram dores inexistentes antes da pandemia, 20,4% não eram praticantes mas experimentaram novas dores, 33,5% que precisaram parar AF sentiram diferença no corpo, como fraqueza muscular, dispneia, aumento de peso, desânimo, insônia etc, e 21,7% dos não praticantes sentiram diferença no corpo_ Dentre aqueles que compreendem o exercício como recurso para auxiliar na disposição para realizar tarefas, 53,9% acreditam que o exercício os ajuda a manterem-se ativos e fazer mais do que o de costume, 34,8% referem que conseguem realizar melhor as tarefas. Conclusão: ficou evidente o impacto negativo do sedentarismo provocado pelo isolamento 
social na amostra. Observou-se que apesar de saberem realizar e reconhecer benefícios da prática de exercícios em casa, a maioria não está realizando-os durante a pandemia, o que pode piorar as repercussões deletérias. Torna-se necessária implantação de medidas educacionais que incentivem a incorporação da prática diária de exercidos, ainda que em plena pandemia. 
 

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