Impacto do Exercício na Recuperação Nutricional de Ratos com Restrição Protéica Fetal/neonatal.
Por André Katayama Yamada (Autor).
Integra
Introdução: Evidências apontam que a desnutrição fetal/neonatal pode predispor à síndrome metabólica. Recentemente demonstrou-se que existe associação entre acúmulo de lipídios em células de diferentes adipócitos e instalação da resistência à insulina. O treinamento físico pode reduzir o acúmulo de lipídios teciduais, exercendo efeitos benéficos ao crescimento somático.
Objetivo: Analisar os efeitos do exercício físico concomitante com a recuperação protéica sobre o crescimento corporal e concentrações de triglicerídeos em tecidos de ratos submetidos à restrição nutricional fetal/neonatal.
Metodologia: Foram avaliados quatro grupos de animais: Normoprotéico (NP): crias de ratas alimentadas com dieta com 17% de caseína durante a gestação e a lactação, mantidos na mesma dieta até os 70 dias de idade. Hipoprotéico (HP): crias de ratas alimentadas com dieta com 6% de caseína durante a gestação e a lactação, mantidos na mesma dieta até os 70 dias; Hipoprotéico/normoprotéico (HP/NP): crias de ratas alimentadas com dieta com 6% de caseína durante a gestação e a lactação e com dieta com 17% de caseína do desmame (21 dias) aos 70 dias e Hipoprotéico/normoprotéico/treinao (HP/NP-T): crias de ratas alimentadas com dieta com 6% de caseína durante a gestação e a lactação e com dieta com 17% de caseína associada ao treinamento por natação (1h/dia, 5 dias/semana, com sobrecarga de 5% do peso corporal) do desmame aos 70 dias. Resultados: Ao desmame os ratos HP mostraram redução do peso corporal (60%) e da proteinemia (9%) comparados aos NP, indicando a instalação do quadro de desnutrição.
Conclusão: O treinamento físico não interferiu no crescimento dos ratos recuperados, assim como não promoveu alterações nos triglicerídeos dos tecidos analisados. A utilização de outros protocolos de treinamento físico seriam investigações interessantes para futuros estudos.