Impactos da Qualidade do Ar Estabelecidos Pela Cetesb e Sua Relação com a Saúde Respiratória de Moradores da Da Cidade de São Paulo
Por Luiggi Henrique Piccoli (Autor), Alexandre Galvão da Silva (Autor), Débora Dias Ferraretto Moura Rocco (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: Realizar efetivamente o monitoramento, bem como a fiscalização da emissão desses poluentes não é uma tarefa tão fácil e simples, especialmente quando se trata da frota veicular, que oferece maior complexidade de controle quando comparada às fontes fixa. A CETESB, como órgão ambiental responsável pela fiscalização no Estado de São Paulo, poderia ampliar sua rede de telemetria, aumentando os pontos de monitoramento e melhorando a qualidade dos dados disponibilizados pela própria Companhia. Portanto os moradores de grandes cidades são altamente expostos a partículas de poluentes que influenciam negativamente os sistemas corporais, primordialmente o cardiorrespiratório. Por outro lado, observa-se que residentes de áreas costeiras desfrutam de maior contato com a natureza, bem como de um meio ambiente mais limpo. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência de diferentes concentrações de poluentes atmosféricos sobre a saúde respiratória. Metodologia: A amostra do estudo foi composta por 100 homens adultos, com idade a partir de 40 anos, que foram divididos em 2 grupos de acordo com a sua região de residência: Residentes da Grande São Paulo, Grupo 1 e residentes da Baixada Santista, Grupo 2. Todos os pacientes foram submetidos ao teste cardiorrespiratório para a determinação do nível de condicionamento físico (VO2max) e das variáveis: Ventilação pulmonar (VE) e equivalente ventilatório de oxigênio (V/VO2). Os dados foram apresentados em média ± desvio padrão. O programa STATISTIC 9.0 foi utilizado para as análises e o teste aplicado foi de variância de um caminho para comparação dos dados respiratórios entre os grupos. Valores de p<0.05 considerados significantes estatisticamente. Resultados: Os grupos foram similares no consumo de oxigênio pico: Grupo 1= 17,5±0,04 ml/kg/min e Grupo 2, 18,3±0,08 ml/kg/min. O Grupo 1 apresentou respostas ventilatóriasalteradas durante o teste cardiorrespiratório quando comparados ao Grupo 2: (VE=80±0,3 ml e VE=70±0,2 ml, p=0,004), (VE/VCO2=35.7±0,3 unidadese VE/VCO2=31.7±0,1 unidades, p=0,003) e (V/VO2=36,5±0,2 unidades e V/VO2=31,6±0,1unidades, p=0,03.
Conclusão: Podemos concluir que indivíduos residentes na grande São Paulo apresentam eficiência respiratória diminuída quando comparada aos moradores de região costeira durante teste de esforço máximo.