Resumo

Introdução: Realizar efetivamente o monitoramento, bem como a fiscalização da emissão desses poluentes não é uma tarefa tão fácil e simples, especialmente quando se trata da frota veicular, que oferece maior complexidade de controle quando comparada às fontes fixa. A CETESB, como órgão ambiental responsável pela fiscalização no Estado de São Paulo, poderia ampliar sua rede de telemetria, aumentando os pontos de monitoramento e melhorando a qualidade dos dados disponibilizados pela própria Companhia. Portanto os moradores de grandes cidades são altamente expostos a partículas de poluentes que influenciam negativamente os sistemas corporais, primordialmente o cardiorrespiratório. Por outro lado, observa-se que residentes de áreas costeiras desfrutam de maior contato com a natureza, bem como de um meio ambiente mais limpo. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência de diferentes concentrações de poluentes atmosféricos sobre a saúde respiratória.  Metodologia: A amostra do estudo foi composta por 100 homens adultos, com idade a partir de 40 anos, que foram divididos em 2 grupos de acordo com a sua região de residência: Residentes da Grande São Paulo, Grupo 1 e residentes da Baixada Santista, Grupo 2. Todos os pacientes foram submetidos ao teste cardiorrespiratório para a determinação do nível de condicionamento físico (VO2max) e das variáveis: Ventilação pulmonar (VE) e equivalente ventilatório de oxigênio (V/VO2). Os dados foram apresentados em média ± desvio padrão. O programa STATISTIC 9.0 foi utilizado para as análises e o teste aplicado foi de variância de um caminho para comparação dos dados respiratórios entre os grupos. Valores de p<0.05 considerados significantes estatisticamente. Resultados: Os grupos foram similares no consumo de oxigênio pico: Grupo 1= 17,5±0,04 ml/kg/min e Grupo 2, 18,3±0,08 ml/kg/min. O Grupo 1 apresentou respostas ventilatóriasalteradas durante o teste cardiorrespiratório quando comparados ao Grupo 2: (VE=80±0,3 ml e VE=70±0,2 ml, p=0,004), (VE/VCO2=35.7±0,3 unidadese VE/VCO2=31.7±0,1 unidades, p=0,003) e (V/VO2=36,5±0,2 unidades e V/VO2=31,6±0,1unidades, p=0,03.
Conclusão: Podemos concluir que indivíduos residentes na grande São Paulo apresentam eficiência respiratória diminuída quando comparada aos moradores de região costeira durante teste de esforço máximo.

Acessar Arquivo