Impactos de Níveis Leves e Fortes de Atividade Física na Composição Corporal, Variáveis Hemodinâmica e Autonômica no Individuo com Síndrome de Down
Por Antonio Silva Andrade Cunha Filho (Autor), Antonio Carlos Pereira Silva Filho (Autor), Janaína de Oliveira Brito Monzani (Autor), Carlos José Moraes Dias (Autor), Bruno Rodrigues (Autor), Adeilson Serra Mendes Vieira (Autor), Rafael Durans Pereira (Autor), Carlan da Silva Sena (Autor), Cristiano Teixeira Mostarda (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: No indivíduo com Síndrome de Down (SD), a modulação do sistema nervoso autônomo (SNA) sobre o ritmo cardíaco pode ser comprometida, podendo resultar em alterações na frequência cardíaca e na duração do ciclo cardíaco. A disfunção do sistema nervoso autônomo e a capacidade de acumular tecido adiposo está comumente presente nas pessoas com SD, sendo este um fator independente para um pior prognóstico e para morte súbita nessa população. Objetivo: Estudar o efeito do exercício físico às variáveis autonômicas e composição corporal em indivíduos com Síndrome de Down ativos e sedentários em São Luis-MA. Materiais e Métodos: A amostra foi dividida em 4 grupos. Sendo que desses indivíduos, 15 SD Sedentário (SED), 9 SD AL (ativo leve) , 12 SD AF (ativo forte) e 11 Controle. Que foram divididos através dos resultados obtidos no Questionário Internacional de Atividade Física (IPAC), avaliação antropométrica através de fita métrica e adipômetro, hemodinâmica e na variabilidade da frequência cardíaca(VFC), que foi obtida de maneira contínua e não invasiva, batimento a batimento, através do eletrocardiograma (ECG). Os registros de ECG ou as curvas registradas foram analisadas para estudo de parâmetros autonômicos, como a variabilidade no domínio do tempo, no domínio da frequência e na análise simbólica. Os intervalos R-R foram extraídos em formato de texto através do próprio software de análise do Wincardio®, obtido pelo programa Kubios HRV 2.0® e no Cardioseries. Os dados obtidos foram avaliados por meio do programa GraphPad Prism®, versão 5.01. Resultados: O SD AF (23,4±0,8) apresentou menor IMC que o Controle (27±2,6) e o grupo SD SED (28±5,6). A gordura corporal (%) foi menor em SD AF(15,3±1,3) AL(15,6±2,4) do que o Controle (23±4,6) e o grupo SD SED (23±6,1). Em relação ao domínio do tempo durante o período basal, os sujeitos SD SED exibiram parâmetros da VFC mais baixos no domínio do tempo, como VAR-RR, quando comparados com o grupo controle. Os índices de domínio da frequência mostraram que indivíduos SD-SED valores maiores na modulação simpática referente à banda de baixa frequência (LF) e valores semelhantes na modulação parassimpática referente à banda de alta frequência (HF) em relação aos grupos SD-AL/AF. Na análise simbólica mostra maior 0V(relacionado a modulação simpática) e valores mais baixos em 2LV( relacionado a modulação parassimpática) no grupo SD SED quando comparado ao grupo controle. E não houve diferenças entre o grupo SD-AL/AF.Conclusão:Assim, concluímos que, independentemente da intensidade, o exercício pode promover adaptações positivas na modulação autonômica em indivíduos com Síndrome de Down.