Impressões de sedentários a respeito de academias e suas redes sociais
Por Paula Bassi (Autor), Dayse Maciel de Araujo (Autor).
Resumo
Os benefícios do exercício físico têm sido constantemente comprovados cientificamente. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (World Health Organization - WHO, 2018), a atividade física regular ajuda a prevenir e tratar doenças cardiológicas, diabetes, câncer, entre outros. Também auxilia na prevenção de hipertensão, obesidade, saúde mental e promove o bem-estar. Mesmo assim, o sedentarismo na população mundial é alarmante. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2020), 40,3% da população brasileira adulta é insuficientemente ativa. Preocupante para a saúde pública, a estatística sinaliza uma clientela potencial para as academias, que, atualmente, conseguem atrair apenas 4,62% dos brasileiros (Amaral & Palma, 2019), mesmo oferecendo um serviço de interesse à saúde global. Sob essa perspectiva, é possível que as academias se beneficiassem de uma comunicação voltada ao acolhimento de diferentes tipos físicos, faixas etárias e níveis de condicionamento. Afinal, independente de idade, tamanho ou formato – o corpo humano necessita de atividade física para o pleno desenvolvimento (Ministério da Saúde, 2021). Objetivos: Este trabalho traça um perfil do público sedentário a partir de suas preocupações e aspirações em relação à prática do exercício físico em academias, bem como levanta os sentimentos despertados nos entrevistados por posts compartilhados em duas redes de academias brasileiras no Instagram. Método: Primeiramente, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, presencialmente ou via Google Meet, com nove indivíduos insuficientemente ativos, buscando compreender por que essas pessoas não se exercitam e por que não o fazem em uma academia.