Inatividade física em crianças: uma revisão sistemática de estudos realizados no Brasil
Por Camilo Lourenço Monteiro (Autor), Thiago Ferreira de Sousa (Autor), Daiane Aragão (Autor).
Resumo
A prática regular de atividade física promove benefícios para a saúde em todas as faixas etárias. Ser fisicamente ativo na infância pode influenciar nas fases posteriores da vida. Objetivo: O objetivo deste estudo foi descrever a prevalência de inatividade física em crianças brasileiras, por meio de uma revisão sistemática da literatura. Materiais e Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática dos artigos publicados na base de dados BIREME. A busca foi realizada entre agosto e setembro de 2013 e utilizou-se da combinação dos termos “atividade física”, “atividade motora”, “exercício físico”, “inatividade física”, “sedentarismo”, “gasto energético”, ”aptidão física”, “fator de risco”, “esportes”, “fator”, “conduta de saúde”, “estilo de vida”, “saúde”, “educação física”, “criança”, “escolar”, “infância”, “juventude”, “saúde da criança”, “infantil”, além de: “Brasil” e “brasileiro”. Foram incluídos artigos publicados entre o ano de 2004 e o ano de 2013. Resultados: A busca inicial resultou em cinquenta e oito artigos. Três classificados como repetidos e, ao final, foram selecionados para compor a revisão nove manuscritos, sendo dois obtidos nas listas das referências. Foi observada uma variação da prevalência de inatividade física de 36,2% a 73,9% entre os estudos. Observou-se que o delineamento transversal foi predominante entre os estudos, apenas um adotou o tipo coorte. Maior número de publicações provenientes da região sudeste. O uso de questionário foi o principal instrumento para mensurar o nível de atividade física em crianças. Conclusões: As crianças brasileiras apresentam baixos níveis de atividade física, contudo, é necessária a realização de estudos nas diferentes regiões brasileiras.