Inatividade Física no Lazer e Outros Fatores de Risco à Saúde em Industriários Catarinenses – 1999 e 2004
Por Silvio Aparecido Fonseca (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 10, n 2, 2005.
Resumo
O objetivo foi monitorar e caracterizar as possíveis mudanças na inatividade física de lazer e outros fatores
de risco à saúde de trabalhadores das indústrias do Estado de Santa Catarina, Brasil. Para tanto, realizouse
inquérito transversal repetido com amostras constituídas por 4.225 e 2.574 sujeitos, nos anos de 1999
e 2004, respectivamente. Para construção dos bancos de dados, utilizou-se o programa Epi Info - versão
6.04b (1999) e o sistema de leitura ótica - SPHYNX (2004). Posteriormente, os dados foram exportados
para o programa SPSS - 11.0, onde empregou-se os testes de Qui-quadrado (χ2) e de regressão logística
não condicional, baseada em abordagem hierárquica de três níveis. Comparações de prevalências foram
verificadas pelo teste crítico de razões (Z), mediante o programa EpiCalc 2000. Em todas as análises, os
resultados foram definidos como estatisticamente significativos para um valor de p≤0,05. Observou-se
reduções para as prevalências de inatividade física no lazer (46,2% para 30,8%), tabagismo (20,6%
para 13,8%) e consumo de bebidas alcoolicas (48,1% para 41,0%). Todavia, constatou-se aumento na
prevalência do excesso de peso (IMC ≥ 25 kg/m2) em 2004 (33,1% para 36,8%). Associações entre as
variáveis tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas, controle do peso corporal e consumo de bebidas
alcoólicas, tabagismo e percepção do nível de estresse e, dessa, com a atividade física de lazer, foram
consistentes em ambos os inquéritos. Por fim, análises da simultaneidade de fatores de risco à saúde
evidenciaram variações positivas de 1999 para 2004.