Inatividade Física e Sobrepeso em Servidores Públicos: Aumento do Risco de Doenças Cardiovasculares
Por Solange Marta Franzói de Moraes (Autor), Antonio Maeda Júnior (Autor), Felipe Almeida (Autor), Cristiano Soares (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) constituem-se na maior causa de
morbi-mortalidade em todas as regiões brasileiras, além de serem consideradas uma
das principais responsáveis pela permanência em hospitais, com o crescimento
exponencial do ônus financeiro nas últimas décadas. O risco de desenvolver as
DCV pode ser estimado com uma análise conjunta de inúmeros fatores que
aumentam as chances do indivíduo apresentar esta patologia, com o excesso de
peso, hipertensão arterial e sedentarismo considerados fatores altamente relacionados.
O objetivo deste estudo foi identificar a influência do aumento do IMC sobre pressão
arterial e a ocorrência de sedentarismo. Material e Método:A amostra foi constituída
de servidores da Universidade Estadual de Maringá que passaram pelo Laboratório
de Fisiologia do Esforço no Departamento de Ciências Morfofisiológicas da UEM
para realização de um eletrocardiograma de esforço (protocolo de Bruce), sendo 60
indivíduos do sexo masculino (30 com IMC entre 19 e 24,9kg/m2 (MN) e 30 com
IMC entre 25 e 29,9kg/m2(MS)) e 60 do sexo feminino (30 com IMC entre 19 e
24,9kg/m2 (FN) e 30 com IMC entre 25 e 29,9kg/m2 (FS)). Os sujeitos foram
submetidos a teste ergométrico (TE) em esteira rolante e utilizando-se o programa
Ergo-PC® da Micromed®.A pressão arterial foi mensurada por esfigmomanômetro
aneróide. Resultados: Em relação à pressão arterial de repouso, encontramos
diferenças significativas (p<0.05) para pressão arterial sistólica (PAS) entre os grupos
MN e MS (130±3.5 vs. 142±4.5 mmHg) e entre os grupos FN e FS (121.3±3 vs.
134.7±3.4 mmHg). Contudo, ao analisarmos os dados referentes à pressão arterial
diastólica (PAD), não ocorreram diferenças significativas entre os grupos MN e MS
(78±1.7 vs. 82.7±1.8 mmHg), porém na amostragem feminina os valores encontradas
foram significativamente diferentes (71.6±1.6 vs. 81.7±1.9mmHg). Conclusão:
Apesar de muitos estudos atribuírem que a obesidade constitui um importante fator
de risco para o desenvolvimento de patologias associadas às doenças cardiovasculares,
obtivemos que o sobrepeso quando comparado ao peso normal, já possui diferenças
significativas nos parâmetros relacionados à sobrecarga tensional ao coração (pressão
arterial), além de diferenças na incidência de hipertensão arterial que é considerada
um dos principais fatores de risco para o surgimento das doenças cardiovasculares.