Incapacidade Funcional em Idosos Institucionalizados
Por Giovâni Firpo Del Duca (Autor), Marcelo Cozzensa da Silva (Autor), Shana Ginar da Silva (Autor), Markus Vinícius Nahas (Autor), Pedro Rodrigues Curi Hallal (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 16, n 2, 2011.
Resumo
Os objetivos do estudo foram caracterizar o grau de incapacidade funcional para a realização de atividades básicas da vida diária e determinar a prevalência e os fatores associados à incapacidade funcional em idosos institucionalizados. Realizou-se estudo transversal do tipo censo das instituições de longa permanência para idosos de Pelotas, Rio Grande do Sul. O desfecho, incapacidade funcional, foi avaliado pelo Índice de Katz, e definido como a necessidade de ajuda parcial ou total para cada uma das seis atividades básicas da vida diária investigadas. As exposições avaliadas foram sexo, idade, escolaridade e nível de atividade física. Empregou-se o modelo de regressão de Poisson com variância robusta nas análises bruta e ajustada. A amostra foi composta por 393 sujeitos com idade igual ou superior a 60 anos. A prevalência de incapacidade funcional em, no mínimo, uma atividade da vida diária foi de 79,4% (IC95%: 75,4; 83,4), sendo que, 10,9% apresentaram incapacidade em apenas uma atividade básica, 28,5% tiveram de duas a quatro atividades com incapacidade funcional e 40,0% relataram cinco ou seis atividades básicas com incapacidade funcional. Os idosos apresentaram maior percentual de independência para comer (73,3%) e menor percentual de independência para tomar banho (26,7%). Na análise ajustada, mulheres, idosos com menor escolaridade, idades avançadas e inativos fisicamente apresentaram maior número médio de atividades da vida diária acumuladas com incapacidade funcional. Observou-se alta prevalência de incapacidade funcional entre idosos institucionalizados. A inatividade física foi o fator mais fortemente associado à incapacidade funcional.