Incidência de Alterações Qualitativas e Quantitativas de Eritrograma de Funcionárias da Universidade Paranaense
Por Salazar Carmona de Andrade (Autor), Jefferson Mathias de Paula (Autor), Maristela de Azevedo Ribeiro (Autor), Vanessa Denardi Antoniassi Baldissera (Autor), Eduardo José de Almeida Araújo (Autor).
Resumo
Didaticamente podemos subdividir o volume total sanguíneo em duas partes: as células e o plasma sangüíneo. No plasma, a fração líquida do tecido sanguíneo, encontramos proteínas plasmáticas, sais inorgânicos, aminoácidos, vitaminas, hormônios, lipoproteínas, glicose e outros componentes orgânicos que ficam suspensas (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 1999; GUYTON & HALL, 2002). As células sanguíneas são representadas pelos eritrócitos ou hemácias, leucócitos e plaquetas (SILVA et al., 1997). A contribuição dos eritrócitos à oxigenação dos tecidos se dá através do transporte da hemoglobina. Uma proteína especializada em transporte de gases no sangue, principalmente o O2. Gases se ligam à hemoglobina nos pulmões e, com auxilio dos eritrócitos através do sistema circulatório se difundem para todas as células e tecidos corporais (GUYTON & HALL, 2002). Existem pequenas variações relacionadas ao sexo. Nos homens há cerca de 4,5 a 5,2 milhões de hemácias em cada mililitro de sangue, enquanto nas mulheres a quantidade normal oscila entre 4,0 e 4,8 milhões. Um dos fatores que contribuem para esta diferença dos valores do hematócrito feminino e masculino, se dá por conta da perda de tecido sanguíneo nas mulheres durante o ciclo menstrual (GUYTON & HALL, 2002; OLIVEIRA, 1990). O hemograma completo se divide em eritrograma (glóbulos vermelhos) e leucograma (glóbulos brancos) na confecção de esfregaço sangüíneo. O eritrograma avalia as alterações quantitativas (Hematometria, Volume Globular [hematócrito], Hemoglobinometria) e qualitativas (Índices Hematométricos [Volume Globular Médio, Concentração Média de Hemoglobina] e Hematoscopia) (SILVA & HOSHIMOTO, 1999). A anemia pode ser definida como uma concentração baixa de eritrócito e/ou hemoglobina no sangue. Segundo SILVA & HISHIMOTO (1999), é possível diagnosticar e classificar a anemia através do exame laboratorial de análise clínica do sangue (Hemograma), muitas das vezes sem o conhecimento do estado clínico da pessoa. Pois a interpretação dos valores das constantes corpusculares associada às alterações morfológicas dos eritrócitos subdisiam esta prática. Morfologicamente podemos classificar as anemias em: Microcíticas e Hipocrômica; Normocíticas e Normocrômicas; Macrocíticas (VERRASTRO & NETO, 2002). A Universidade Paranaense (UNIPAR), desenvolve algumas atividades que demonstram a preocupação com à saúde dos funcionários. Dentre estas ações podemos citar o Pronto Atendimento Escolar, um Projeto de Extensão do Curso de Enfermagem e a medicina do trabalho, oferecendo atendimento de enfermagem e médico. O objetivo deste trabalho foi levantarmos o índice de alterações de eritrograma, bem como classificá-las morfologicamente em trabalhadores do sexo feminino do Campus Sede da Universidade Paranaense, que realizaram consultas periódicas (medicina do trabalho), no ano de 2003. PALAVRAS-CHAVE: anemias; medicina do trabalho; saúde pública.