Resumo

Introdução: O handebol é um esporte com grande solicitação do aparelho musculoesquelético com frequentes contatos físicos entre os jogadores. Assim, pode ser esperada uma considerável taxa de incidência de lesões. Objetivo: Identificar a incidência de lesões musculoesqueléticas em jogadores de elite de handebol participantes do Campeonato Paulista durante a temporada de 2011, e traçar o perfil destas lesões. Métodos: Oito equipes participaram do estudo, sendo cinco equipes femininas (n=79) e três equipes masculinas (n=46). No total, 125 atletas foram acompanhados durante a participação do Campeonato Paulista 2011, realizado entre maio e novembro. Semanalmente as equipes foram contatadas para informar os dados referentes ao volume de treinamento, número de jogos e informações sobre as lesões musculoesqueléticas ocorridas no período. Resultados: Durante a temporada foi constatado um total de 99 lesões em 61 jogadores com uma incidência de 48,8% ou 4,7 lesões/1000 horas de exposição. As lesões mais comumente relatadas entre as equipes femininas e masculinas foram as entorses (27,3%, n=27). O membro inferior foi o principal segmento corporal que apresentou lesão, sendo a articulação do tornozelo o principal local acometido com 19,2% (n=19) das lesões. A maioria das lesões ocorreram devido ao contato físico com os adversários (41,4%, n=41). As lesões tiveram uma taxa de 2,8/1000 horas de treino e 34,1/1000 horas de jogo entre as mulheres e 2,0/1000 horas de treino e 40,0/1000 horas de jogo entre os homens. Conclusão: A incidência de lesões foi de 48,8% (n=61) e o número de lesões por 1000 horas durante os jogos foi mais alta em comparação com as lesões ocorridas durante os treinos. As principais lesões ocorreram na extremidade inferior, principalmente na articulação do tornozelo, e o tipo de lesão que prevaleceu foi a entorse.

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