Incidência de Lesões Musculoesqueléticas em árbitros de Futebol: Estudo de Três Anos
Por Paulo Rogério Vieira (Autor), Angelica Castilho Alonso (Autor), Acary de Souza Bulle Oliveira (Autor), Flávio Fallopa (Autor), Beny Schmidt (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 25, n 3, 2019.
Resumo
Objetivos
Determinar a incidência e a intensidade álgica e os locais mais acometidos por lesões com dor musculoesquelética e incidência e gravidade das “lesões definidas por tempo de afastamento” em jogos e treinos de árbitros de futebol, em um triênio.
Métodos
Foram entrevistados 257 árbitros utilizando-se um aplicativo da web. Com essa ferramenta, foi enviada aos árbitros uma ficha de avaliação mensal com questões que mediam incidência, localização e intensidade álgica das lesões com queixas de dor e por tempo de afastamento, gravidade em jogos e treinos nos anos de 2012, 2013 e 2014. Para classificar a intensidade álgica das lesões com queixas utilizou-se a escala numérica de dor.
Resultados
Não houve diferença entre os anos estudados com relação às lesões com queixas de dor, tanto em jogos quanto em treinos. Os valores médios foram de 37,8/1.000 horas em jogos e 39,9/1.000 horas em treinos e a incidência média de “lesões definidas por tempo de afastamento” de 3,7/1.000 horas em jogos. A diferença foi significantemente maior em 2013 com relação a 2012 e 2014 e, em treinos, a incidência média foi de 3,5/1.000 horas com diferença significantemente superior em 2012 com relação a 2013 e 2014.
Conclusão
As lesões com queixas de dor não apresentaram diferença significante em jogos comparados com treinos; nas lesões por tempo de afastamento, a incidência em jogos foi maior do que em treinos, e o tipo de lesão mais frequente foi a muscular de grau leve, predominando na coxa e no tríceps sural. Nível de evidência II, Estudos diagnósticos – Investigação de um exame para diagnóstico.