Incidência de Lesões Musculoesqueléticas em Atletas de Elite do Basquetebol Feminino
Por Alexandre Sabbag da Silva (Autor), Rene Jorge Abdalla (Autor), Mauro Fisberg (Autor).
Resumo
O basquetebol é esporte competitivo, com alta incidência de lesões de contato e movimentação.
OBJETIVO: determinar a incidência de lesões musculoesqueléticas em atletas de elite do basquetebol feminino.
MATERIAL E MÉTODOS: foram analisadas prospectivamente 66 atletas adultas, 18 a 37 anos (média: 23), de 5 equipes durante o Campeonato Paulista da Divisão A1 (setembro de 99 a janeiro de 2000). Os dados referentes a atleta e as lesões que ocorreram no período, foram registradas por fisioterapeuta.
RESULTADOS: foram computadas 78 lesões, em 47 das atletas (71,2%). A incidência de lesão foi de 2,6 lesões/ atleta/ 1000 jogos/treinos, com maior incidência nos jogos. A entorse, com 33%, foi o diagnóstico mais comum especialmente na região do tornozelo, seguida da contusão (24%). O joelho com 21% das lesões, mão/dedos, com 17%, perna/coxa e tornozelo com 14% cada, foram as regiões mais lesadas. O contato com outro atleta foi o principal mecanismo de lesão. Não encontramos relação entre diagnóstico, idade, posição e região anatômica lesada, mas atletas mais novas foram menos afetadas. A maioria das lesões foram leves (88,5%) e a região do joelho foi a de maior morbidade. As sobrecargas deste esporte foram mais visíveis na região lombar e joelho, exigindo programas intensivos de prevenção e acompanhamento de atletas de elite no basquetebol feminino.