Incidência de Sintomas, Doenças Profissionais e Doenças do Trabalho em Nadadores de Competição da Cidade de Campinas, São Paulo
Por Cibele Cristina Osawa (Autor), Orival Andries Júnior Alterar (Autor).
Em RBSO Revista Brasileira de Saúde Ocupacional v. 28, n 107, 2003. Da página 59 a 71
Resumo
A natação no Brasil é um desporto de rendimento, praticado de modo não profissional, sem contratos de trabalho, mantida por incentivos e patrocínios. Ao contrário do que se acredita, não é um esporte inofensivo. Pode causar tanto lesões por movimentos repetitivos, como doenças intrínsecas ao ambiente aquático (otite externa, dermatites, micoses, etc). Visando a apontar a incidência de sintomas, lesões e doenças relacionadas à natação, ocorridas nos últimos dois anos, 33 nadadores de competição da cidade de Campinas responderam a questionários. Tinham idade média de 17 ± 2 anos (s14 a 21 anos), pesavam e mediam 54,6 ± 6,1 kg e 1,65 ± 0,04 m (sexo feminino), respectivamente, e 69 ± 7,7 kg e 1,78 ± 0,07 m (sexo masculino, equivalente a 57,6%) e nadavam semanalmente 35,8 ± 5,8 km. As principais queixas de dores foram: ombro (82%), coluna (52%), ouvido (36%) e joelho (33%). Em relação a doenças, 88% dos nadadores relataram casos de resfriado, seguido por gripe (61%), sinusite (27%), micose (15%), bronquite (12%) e conjuntivite (6%). Outras ocorrências foram: torções (12,1%) e tendinites (27,3%).