Incidência da Trajetória da Cortada no Voleibol de Alto Rendimento
Por Elizabeth Aparecida Ferreira (Autor).
Integra
Introdução: A cortada é caracterizada como o fundamento que finaliza a maioria dos ataques, apresenta-se como forte indicador de sucesso nas ações ofensivas podendo garantir a vitória de uma equipe.
Objetivo: Verificar a incidência no direcionamento da cortada e a posição tática do atleta que a executa em ambos os gêneros.
Metodologia: A pesquisa foi do tipo documental, onde os dados foram coletados através de gravações de 10 jogos femininos somando um total de 31 sets e 10 jogos masculinos somando um total de 33 sets para análise quantitativa da cortada em equipes que participaram dos campeonatos, Grand Prix 2007, Super Liga de Voleibol de 2007 e 2008, Liga Mundial de 2008 e Olimpíadas de 2008. Para a coleta dos dados referentes à ação de ataque foi criada pelas autoras uma ficha constando a posição em quadra ocupada pelo atacante que efetuou a cortada, o tipo de ataque e a trajetória percorrida pela bola após a
execução do ataque.
Resultados: Tanto em jogos femininos quanto masculinos a maior incidência de cortada foi na Diagonal longa 682 bolas no feminino e 574 bolas no masculino, sendo os Atacantes em Rede de Dois os mais utilizados no feminino 258 bolas (37,8%), porém sem diferença estatística significante P>0,05, 2 o = 0,95 - 2 c = 5,99 , já no masculino os atacantes mais utilizados foram os opostos com 236 bolas (41,10%) apresentando diferença significante P<0,05 com 2 o = 6,70 - 2 c = 5,99, conforme Figura 1, sendo efetuadas mais ações de ataques nas equipes femininas com
um total de 1718 ataques contra 1480 ataques no masculino, devido a um maior rally em partidas femininas.
Figura 1. Trajetória da cortada em relação aos atacantes. = Masculino - = Feminino
Conclusão: Com base nos resultados pode-se concluir que ambos os gêneros obtiveram maior incidência da cortada na diagonal longa, efetuada por entrada de rede com duas atacantes no feminino e pelos atacantes opostos no masculino.