Independência Efetora e Prática Moderada com a Mão Esquerda em Destrímanos
Por Ulysses Okada de Araújo (Autor), Cássio de Miranda Meira Júnior (Autor), Jaqueline Freitas de Oliveira Neiva (Autor).
Em Revista Portuguesa de Ciências do Desporto v. 8, n 2, 2008.
Resumo
A independência efetora (capacidade de executar uma tarefa com diferentes efetores) foi investigada com foco na transferência bilateral de aprendizagem. Especificamente, foi investigada a hipótese de que a prática com a mão esquerda em destrímanos levasse a aprendizagem independente de efetor seguida de aprendizagem dependente de efetor, de forma similar à caracterizada na prática com a mão direita. Dezoito participantes adultos (idade média 25.6 ± 2.9 anos) realizaram vinte tentativas divididas em dois dias numa tarefa de destreza manual fina (inserção de pinos - Grooved Pegboard Test), inserindo 25 pinos por tentativa. Foram realizados um pré-teste, um teste de retenção intermediário após cinco tentativas e um teste de retenção final após o término da prática. Os resultados corroboraram a hipótese: o desempenho da mão esquerda melhorou do pré-teste ao teste intermediário, e deste para o teste final, enquanto o desempenho da mão direita apresentou melhora apenas do pré-teste para o teste intermediário. O padrão de independência efetora seguida de especificidade com relação ao efetor utilizado foi similar ao relatado na prática com a mão direita em destrímanos. Sugere-se, portanto, uma reconsideração da independência absoluta de efetor ao longo da prática.