Indicadores Antropométricos de Obesidade Como Preditores de Pressão Arterial Elevada em Idosos
Por Keila de Oliveira Diniz (Autor), Saulo Vasconcelos Rocha (Autor), Antonio César Cabral de Oliveira (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 19, n 1, 2017. Da página 1 a 10
Resumo
A pressão arterial elevada é uma das principais causas de mortalidade em âmbito mundial e fator de risco para diversas doenças. Objetivou-se determinar o poder preditivo de indicadores antropométricos de obesidade e estabelecer os pontos de corte como discriminadores de pressão arterial elevada e identificar o indicador antropométrico de obesidade que melhor discrimina a pressão arterial elevada em idosos. Estudo transversal com amostra de 300 idosos, sendo 167 (56,5%) mulheres. Foram avaliados os seguintes indicadores antropométricos de obesidade: índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC), razão cintura/estatura (RCEst) e índice de conicidade. Ademais, coletaram-se medidas de pressão arterial sistólica e diastólica. Para identificação dos preditores de pressão arterial elevada, foi adotada a análise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC), com intervalo de confiança de 95%. Posteriormente, identificaram-se os pontos de corte com as respectivas sensibilidades e especificidades. As análises foram efetuadas respeitando-se o nível de significância de 5%. Observou-se que alguns indicadores antropométricos de obesidade apresentaram Área Sob a Curva (ASC) significativas, sendo o IMC = 0,60 (0,50-0,70); RCEst = 0,61 (0,51-0,71); Índice Conicidade = 0,58 (0,58-0,68), nos homens. Os diversos pontos de corte dos índices antropométricos com melhores poderes preditivos e as respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados. As melhores ASC foram para IMC, RCEst e Índice de Conicidade para os homens, porém tais medidas não foram satisfatórias para predizer a pressão arterial elevada em mulheres.