Resumo

A realidade do futebol amador apresenta diferenças consideráveis de ordem social e econômica em relação ao futebol de alto rendimento. Entretanto, percepção de esgotamento físico e mental, desvalorização e sentimentos de abandono podem ser observados em ambos os contextos. Esses elementos estão associados à manifestação da síndrome de burnout, compreendida como uma reação ao estresse crônico que pode ocasionar o abandono da atividade esportiva. Os objetivos do estudo foram mensurar as dimensões da síndrome de burnout em atletas das categorias de base do futebol amador e avaliar o efeito da variável idade na percepção de burnout. Participaram do estudo 110 atletas amadores, com idade média de 18,02±1,38 anos e idade média de início no futebol de 10,41±1,73 anos, sendo 49 da categoria sub 17 e 61 da categoria sub 20. Os participantes preencheram o Questionário de Burnout para Atletas (QBA) e um questionário sociodemográfico. Para a análise dos dados utilizou-se a estatística descritiva e o teste U de Mann-Whitney. O índice de significância adotado foi p<0,05. Os participantes apresentaram medianas correspondentes ao intervalo de frequência quase nunca a raramente para a dimensão exaustão física e emocional. Em relação às dimensões reduzido senso de realização esportiva e desvalorização esportiva e ao burnout total, as medianas encontradas foram classificadas no intervalo de frequência compreendido entre raramente e algumas vezes.Os atletas avaliados apresentaram índices baixos a moderados de burnout total e suas dimensões. Portanto, os participantes estão pouco propensos à manifestação da síndrome. Não foi observado efeito da variável idade sobre a percepção de burnout em jovens atletas de futebol amador.

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