Indicadores de Desempenho Motor Como Preditores de Fragilidade em Idosos Cadastrados em Uma Unidade de Saúde da Família
Por Priscila Luzia de Souza Santos (Autor), Marcos Henrique Fernandes (Autor), Patrícia Honório Silva Santos (Autor), Tamiles Daiane Borges Santana (Autor), Cesar Agusto Cassoti (Autor), Raildo da Silva Coqueiro (Autor), José Ailton Oliveira Carneiro (Autor).
Em Motricidade v. 12, n 2, 2016. Da página 88 a 96
Resumo
Este estudo objetivou identificar os testes de desempenho motor mais fortemente associados à fragilidade e seus respectivos pontos de corte, e verificar o melhor indicador de desempenho motor como instrumento de triagem para discriminar fragilidade em idosos cadastrados em Unidade de Saúde da Família. Participaram da pesquisa 139 idosos com idade ≥60 anos, sendo 105 mulheres e 34 homens. A fragilidade foi identificada por meio dos critérios de Fried et al. (2001). Os testes de desempenho motor realizados foram: Força de preensão manual (FPM), sentar e levantar, caminhada (TC) e pegar um lápis. A análise de regressão logística foi usada para associar os testes de desempenho motor e fragilidade. Os pontos de corte foram avaliados por parâmetros fornecidos pela curva Receiver Operating Characteristic (ROC), com nível de significância de 5%. Os dados foram analisados usando SPSS 21.0 e MedCalc. A média de idade dos idosos foi de 72.32 ±8.4 anos. O teste de caminhada foi positivamente associado à fragilidade (OR 1,30; p<0.01), e a força de preensão manual foi inversamente associada à fragilidade no sexo feminino (OR 0.74; p<0.001). O TC apresentou um ponto de corte 5s (sensibilidade 88,9 e especificidade 74,5%) e a FPM-F obteve um ponto de corte de 14.6 kgf (sensibilidade 83.3 e especificidade 79.0%). Conclui-se que o teste de caminhada foi o melhor indicador de triagem para discriminar a fragilidade em idosos, de ambos os sexos, cadastrados em uma Unidade de Saúde da Família.