Indicadores de saúde e atividade física de escolares Uma análise de rede
Por Renata Batista dos Santos Pinheiro (Autor), Tamara dos Santos Lima (Autor), Ayla de Jesus Moura (Autor), Anderson dos Santos Oliveira (Autor), David Marcos Emérito de Araújo (Autor), Josué Tadeu Lima de Barros Dias (Autor).
Resumo
O objetivo do estudo foi verificar através da análise de rede a influência entre as variáveis de dados antropométricos, nível de atividade física e percepção de qualidade de vida de escolares. Trata-se de um estudo do tipo descritivo e transversal com adolescentes de 13 a 18 anos de idade, de ambos os sexos, alunos de uma escola pública do munícipio de Petrolina – PE participaram do estudo. Inicialmente, foi feita uma avaliação antropométrica dos participantes, por meio das medidas de massa corporal, estatura e circunferência da cintura. O índice de massa corporal (IMC) foi calculado a partir da divisão da massa corporal (em quilos) pela estatura (em metros) elevada à segunda potência (kg/m²). Em seguida foi pedido que respondessem dois questionários, sendo: 1) Questionário de Atividade Física Habitual de Baecke (BQHPA) e 2) Inventário Pediátrico de Qualidade de Vida ((Pediatric Quality of Life Inventory – PedsQLTM 4.0. Participaram do estudo 202 estudantes, sendo 94 (46,5%) do sexo feminino e 108 (53,5%) do sexo masculino. O IMC, por exemplo, apresentou uma correlação positiva fraca com a atividade física no lazer, enquanto que a circunferência da cintura apresentou correlações positivas fracas com a qualidade de vida no domínio atividade física e psicossocial. Nas medidas de centralidade, força (degree) e influência esperada (expected influence) estão associadas à média dos pesos das correlações, revelando-se como os índices de centralidade mais importantes, com isso observou-se que os domínios da qualidade de vida apresentaram maiores valores. Conclui-se que prática de atividade física de escolares pode contribuir para uma melhor percepção da qualidade de vida.
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