Indicadores multidimensionais do potencial esportivo de jovens handebolistas
Por Francisco Zacaron Werneck (Autor), Renato Melo Ferreira (Autor), Luciano Miranda (Autor), Iago Moraes de Aragão (Autor), Rodrigo Galante dos Santos (Autor), Pedro Henrique Lima de Oliveira (Autor), Emerson Filipino Coelho (Autor).
Resumo
INTRODUÇÃO: A avaliação do potencial de jovens atletas é uma importante tarefa dos treinadores. A tentativa de quantificar o “olho do treinador” tem sido um grande desafio para os pesquisadores.
OBJETIVO: Comparar indicadores multidimensionais do talento esportivo em jovens handebolistas classificados como alto e baixo potencial esportivo, de acordo com a opinião do treinador.
MÉTODOS: Participaram 22 atletas de handebol de 15 a 17 anos de um Instituto Federal de Ensino. O potencial esportivo foi avaliado pelo treinador da equipe, numa escala de um a cinco, classificando os atletas em dois grupos: alto potencial (n=11) e baixo potencial (n=11). Foram avaliados: experiência esportiva, massa corporal, estatura, altura sentado, comprimento de mãos, envergadura, dobras cutâneas, velocidade, agilidade, preensão manual, salto vertical, flexibilidade, resistência aeróbica; habilidades de coping, motivação, competência percebida, nível socioeconômico, maturação biológica, drible e habilidades táticas.
RESULTADOS: Os handebolistas de alto potencial quando comparados aos de baixo potencial foram mais velozes (p=0,05), mais ágeis (p=0,02) e mais fortes (p=0,02), eram mais experientes (p=0,05), apresentaram maior competência percebida (p=0,01), competitividade (p=0,02) e melhor desempenho no drible (p=0,05) e nas habilidades táticas (p=0,03).
CONCLUSÃO: Os handebolistas avaliados pelo treinador como alto potencial esportivo foram aqueles que tiveram melhor desempenho físico-motor, maior nível de habilidades psicológicas, técnicas e táticas quando comparados aos atletas de baixo potencial.