índice de Torque, Potência e Fadiga nos Flexores e Extensores do Joelho de Jogadores de Futebol
Por Jamilson Simões Brasileiro (Autor), Liane de Brito Macedo (Autor), Araken Kleber Azevedo de Oliveira (Autor), Caio Alano de Almeida Lins (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 24, n 2, 2018. 3 Páginas. Da página 117 a 120
Resumo
Introdução: O futebol é o esporte mais popular e mais praticado no mundo e caracteriza-se por movimentos de alta intensidade. Essa alta demanda induz diversos tipos de lesões do aparelho locomotor, e um dos fatores intrínsecos responsável por desencadear essas lesões é o desequilíbrio muscular, que pode ocorrer entre os membros ou entre grupos musculares de um mesmo membro. Objetivo: Avaliar o desempenho muscular entre os grupos flexores/extensores do joelho de ambos os membros em atletas profissionais de futebol. Métodos: Foram realizadas avaliações isocinéticas em 18 atletas profissionais de futebol, com média de idade de 26,9 ± 3,6 anos e índice de massa corporal (IMC) médio de 23,9 ± 1,7 kg/m2 . O protocolo do teste consistiu em cinco contrações concêntricas de flexão e extensão do joelho na velocidade angular de 60º/s, 15 contrações a 180º/s e 30 contrações a 300º/s, em ambos os membros. O teste t pareado foi utilizado para verificar a razão do torque, potência e fadiga de flexores e extensores do joelho dominante e do não dominante. Resultados: Não houve diferença significativa entre os membros avaliados no que se refere à dominância (p>0,05). Com relação à razão de torque entre flexores e extensores, observaram-se valores abaixo do que se considera normal para essa população, além de um maior índice de fadiga no grupo flexor quando comparado com o grupo extensor do joelho. Conclusão: Não foi observado desempenho melhor no membro dominante, sugerindo que, embora haja preferência do uso desse membro, isso não caracteriza necessariamente a melhor performance. Os dados também revelaram um desequilíbrio na capacidade de produção de torque entre o grupo flexor e extensor do joelho, com razão desfavorável para os isquiotibiais, além de maior índice de fadiga nesse grupo, o que tornaria esses músculos mais suscetíveis a lesões. Nível de Evidência II; Estudos diagnósticos – Investigação de um exame para diagnóstico.