Resumo
A amônia encontra-se no sangue produto do metabolismo dos aminoácidos e, durante exercício, origina-se, principalmente da desanimação do AMP até IMP no músculo, liberado NH 3 (tóxico). Mostra valor pico no momento da fadiga e encontra-se em todo fluído corporal incluindo o suor (S). Esta pesquisa, foi realizada para determinar o índice de excreção de amônia durante exercício contínuo até exaustão. O teste Experimental (TE) estudou, sob desjejum padrão, a concentração do Nitrogênio amoniacal ([ N – NH 3 + NH 4 ]) no S excretado durante carga contínua (85%) em esteira rolante, pré-determinada a partir do VO 2 pico individual no Teste Progressivo (TP). Testaram-se 10 atletas experientes, do sexo masculino, de fundo e maratona, com valores médios: 27,3 anos, altura 175,5 cm, percentual de gordura 4,5% , todos da cidade do Rio de Janeiro. O TE, em valores médios, teve: velocidade da esteira 9,2 Km/h, distância e tempo percorridos 21,54 Km/101,87 min, VO 2 47,14 ml.Kg.min –1 e FC 156 nbm. O S foi coletado por seis gazes estéreis isolando-as do ambiente por lâminas (látex) fixadas à pele ( 24 cm 2 ) , centrifugadas e analisadas pelo método de azul de indofenol (não enzimático). Fizeram-se 4 coletas de S: após dez minutos de aquecimento (S 10 min), 40 min de carga contínua (S40min), na fadiga ( Sxmin) e cinco min após recuperação (S5 após). Testaram-se três formas da expressão [N-NH 3 + NH 4 ] : N-amônia A, método laboratorial normalmente utilizado, valor acumulativo (umo1.l –1 ); N-amônia B, correção pelo volume de suor e pela [N-NH 3 + NH 4 ] anterior, obtendo micromoles totais eliminados umol -1 ); e íN-amônia, corrigindo N-amônia B pela superfície corporal e tempo de coleta. Concluí-se que a [ N-NH 3 + NH 4 ] no S aumenta à medida que o atleta vai atingindo a fadiga e seu comportamento é similar ao sangue, mostrando ser um parâmetro fisiológico válido.