Resumo

Objetivo: Correlacionar os indicadores fisiológicos e físicos com os aspectos técnicos e o tempo de jogo em atletas de elite de futsal. Métodos: Foram investigados 11 atletas de futsal (24,1 ± 2,4 anos), submetidos a 3 sessões experimentais: 1) avaliação antropométrica seguido de teste incremental na esteira; 2) teste de força isocinética; 3) testes de sprint de 5, 15 e 30 m e capacidade de sprint repetido (CSR). Para análise estatística, foi empregada correlação de Person seguido de regressão linear Stepwise. Teste T pareado foi usado para determinar possíveis diferenças do pico de torque entre os membros inferiores. O valor de p < 0,05 foi considerado como nível de significância estatística. Resultados: Valores de correlações foram reportadas entre as variáveis desarme e FCMax (r= -,740;p<0,01), passe errado e FCMax (r= -,752;p<0,01), passe errado e FCLV (r= -,640;p<0,05), gols e PTCF-nd 60°/s (r= ,64 ;p<0,05), gols e PTCE-nd 60°/s (r= ,638;p<0,05), desarme e sprint de 5 m (r= ,643;p<0,05), gols e sprint de 5 m (r= ,637;p<0,05), sprint de 5 m e PTCF-d 240°/s (r= -,643; p<0,05), sprint de 15 m e PTCF-d 240°/s (r= -,627; p<0,05), sprint de 30 m e PTCE-d 60°/s (r= -,736; p<0,01), PTCE-nd 60°/s (r= -,740; p<0,01) e PTCE-nd 240°/s (r= -,654; p<0,01). A FCMáx predisse 50% do desarme e 51% do passe errado, já a FCLV 32,1% da variação do passe errado. Quando agregadas no mesmo modelo a FCMax e FCLV predisseram 47,1% da variação do passe errado. O PTCF-nd 60°/s e PTCE-nd 60°/s predisseram 35% e 34% do número de gols. Quando agregadas no mesmo modelo, estas variáveis foram capazes de predizer 33% do número de gols. Sprint de 5 m predisse 35% do número de desarmes e 34% do número de gols. O PTCF-d 240°/s predisse 37% do sprint de 5 metros e 32% do sprint de 15 m. O PTCE-d 60°/s, PTCE-nd 60°/s e PTCE-nd 240°/s predisseram 49%, 50% e 36% do sprint de 30 metros. As variáveis PTCE-d 60°/s, PTCE-nd 60°/s e PTCE-nd 240°/s, quando agregadas, predisseram aproximadamente 50% do desempenho do sprint de 30 metros. Conclusão: A relação entre as respostas fisiológicas associadas aos aspectos técnicos deve ser analisada com cautela, pois pode não refletir a realidade quando extrapoladas a prática. Porém a associação, entre os índices técnicos, sprint e força isocinética encontrados no estudo, pode ser considerado uma relação importante quando aplicado prática.

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