índices de Gordura Corporal em Escolares de área Carente do Município do Rio de Janeiro
Por Sérgio G. Costa (Autor), Jorge R. Morais (Autor), Wilton Darleans (Autor), Luiz R. Gonzaga (Autor), Cristina Carvalho (Autor), Luis A. Anjos (Autor), Eduardo Mereles (Autor).
Em I Congresso internacional de Educação Física de Países de Língua Portuguesa
Resumo
O excesso de gordura corporal a níveis críticos está relacionado com inúmeras doenças degenerativas. A obesidade na vida adulta está, em parte, ligada à excessiva adiposidade na infância e adolescência. Por outro lado, níveis extremamente baixos de gordura corporal podem estar associados à desnutrição (ANJOS, 1988). Entre os componentes da aptidão física importantes para a saúde, a composição corporal ocupa lugar de destaque. O propósito desse estudo foi investigar alguns índices de gordura corporal em escolares de área sócio-económicamente desprivile-giada no Rio de Janeiro, dando prosseguimento a uma linha de pesquisa já desenvolvida pelos autores em outras comunidades (ANJOS, MEIRELES, COSTA, CARDOSO & KNACKFUSS, 1989). Participaram desse estudo 226 crianças sendo 119 meninos e 107 meninas de 7 a 12 anos. A grande maioria era de cor negra ou parda. A idade centesimal foi calculada e as seguintes medidas foram realizadas: estatura (e), peso corporal (p), espessura de dobras cutâneas (triceps, biceps,axilar média, abdominal, supra-ilíaca, subescapular e panturrilha) e perímetro de braço. Os índices analisados foram: índice de massa corporal - IMC (P/E2), somatório das 7 dobras cutâneas (Â 7DC) e área de gordura do braço (AGB) usando o perímetro de braço e a dobra cutânea de triceps (FRISANCHO, 1981). Quanto ao sexo foi constatado que as meninas apresentavam valores significativamente mais elevados nos índices de gordura corporal aos 11 anos, quando comparadas com os meninos. Quando analisados em relação ao crescimento, as meninas mostraram valores de gordura corporal aos 9 anos superior aos 8 anos, não havendo posteriormente aumentos nos índices relativos a gordura subcutânea. Nos meninos, os maiores incrementos parecem ter ocorrido aos 11 anos, em relação aos 9 e 10 anos. 0 Â 7DC e o IMC se correlacionaram significativamente nos meninos (r=.78), nas meninas (r=.82) e no grupo como um todo (r=.79). As correlações entre r DC e AGB foram significativamente altas nos meninos (r=.95), nas meninas (r=.94). e no grupo como um todo (r=.95). Sendo assim, dentro de uma abordagem prática, a gordura corporal pode ser avaliada através da medida de 7 dobras cutâneas, ou de uma forma mais simples, pela AGB ou ainda, em último caso pelo IMC.
* Apoio financeiro - CNPq
** Apoio financeiro - CAPES