Resumo

Este artigo analisa a persistência da marginalização e da exclusão social apesar da pretensa democratização da informação que estaria sendo viabilizada pela introdução de novas tecnologias nos meios de comunicação de massa, nas escolas e nos currículos escolares. Essas novas tecnologias (TV, vídeos, computadores conec-tados à Internet), tendo sido apropriadas pela Indústria Cultural, continuam “produzindo” analfabetos e os chamados anal-fabetos funcionais bem como, mais recentemente, os “analfabetos ponto com”. Tais recursos não vêm resultando em maior conhecimento e participação dos indivíduos nas decisões políticas e nos bens socio-culturais que ficam restritos a uma pequena minoria, a qual se po-deria chamar pelo substantivo “cidadão”. A tentativa de superação dos modismos pedagógicos, buscando uma educação crítica e cria-tiva em direção a objetivos emancipadores, é tarefa ainda a ser realizada.