Resumo

O presente trabalho objetiva estabelecer um elo entre esporte e indústria cultural, a partir do instante em que ambos norteiam seus procedimentos, dentro de uma visão moderna e realista, sem mascaramentos e hipocrisia, por princípios de comercialização e lucro, naturalmente obedecendo a princípios éticos e morais, sem apelar para expedientes que a sociedade critica e condena. Tendo origem na década de 40 (1947) na Alemanha, a indústria cultural teve no berlinense Theodor Adorno o seu grande apologista, segundo ele, representando o estudo da comunicação sob o enfoque dos efeitos sociais de caráter ideológico dos meios de comunicação, efeitos esses que subordinam a ideologia ao princípio de comercialização da informação. A influência da indústria cultural, segundo opiniões de intelectuais que se aprofundaram no estudo do problema, pode ser prejudicial para o esporte, exigindo providências capazes de neutralizar este lado negativo, utilizando-se o recurso da publicidade como uma espécie de antídoto, cuja aplicação viria beneficiar o esporte. A representação da indústria cultural através da publicidade, desde que bem elaborada e realmente levando mensagens procedentes a qualquer tipo de clientela, vem a ser um considerável avanço para o esporte, levando em conta a evolução de sua prática em conformidade com a aplicação de modernas técnicas dotadas da mais completa cientificidade. É oportuno afirmar que a influência da indústria cultural na produção intelectual dos especialistas em esporte, sejam técnicos, professores, psicólogos ou sociólogos, veio motivar um maior apuro nos trabalhos escritos por eles, cada um contribuindo com seus conhecimentos nas pesquisas levadas a efeito em benefício do esporte.
 

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