Influência da Atividade Física Habitual em Variáveis Somáticas, de Aptidão Física e de Coordenação Motora em Crianças Muzambinhenses
Por José Maia (Autor), João Augusto de Camargo Barros (Autor), Vanessa Carfaro (Autor), Carlos Rey Perez (Autor), Vânia Cristina Dipe (Autor), Carlos Canhisares (Autor), Go Tani (Autor), Cássio de Miranda Meira Júnior (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução e objetivos: Responsáveis pela área de saúde têm enfatizado a forte
relação entre atividade física (AF), aptidão física (ApF) e saúde. É importante, pois,
conduzir estudos que tracem perfis dessa natureza em regiões específicas, com vista
a organizar informação relevante para a tomada de decisões em nível de saúde
pública e de programas de Educação Física. Este estudo os seguintes objetivos:
caracterizar de modo transversal os níveis de AF semanal no tempo de lazer de
escolares de 6 a 10 anos e correlacionar os níveis de AF ao crescimento somático e
às provas de ApF e CoM. Método: A amostra foi constituída por 239 meninos e
226 meninas, escolares da cidade de Muzambinho (MG, Brasil). As crianças
responderam, por meio de uma entrevista direta, a uma adaptação do questionário
de GODIN e SHEPARD (1985) que objetiva quantificar a AF realizada na ocupação dos
tempos livres, durante 7 dias. Registra-se o núm. de vezes, em média por semana,
em que despendem mais de 15 min. em atividades que são classificadas como leves
(3METs*), moderadas (5METs) ou intensas (9METs). A equação para estimar a
quantidade de AF semanal é a seguinte: AF Semanal = (9xAFintensa) +
(5xAFmoderada) + (3xAFleve).A ApF foi avaliada pela bateria Fitnessgram (milha,
abdominais, flexões e dorsais); já a CoM pela bateria de testes KTK (equilíbrio em
marcha para trás, saltos monopedais, saltos laterais e transposição lateral). Os dados
foram organizados por idade e por gênero. Posteriormente à análise exploratória, os
dados foram submetidos a comparações de médias (Anovas).As correlações foram
calculadas com base no coeficiente de Pearson. Resultados: Nos 4 tipos de AF
(AFglobal, AFintensa, AFmoderada e AFleve), não foram identificadas diferenças
estatisticamente significativas para nenhum fator de análise (p>0,05). As variáveis
que apresentaram correlações significativas (p<0,05) com a AF global foram: saltos
laterais (r=0,20) e transposição lateral (r=0,24) nas crianças de 9 anos), saltos laterais
nos meninos de 9 anos (r=0,34), transposição lateral (r=0,28), massa (r=-0,27), Σ
de dobras cutâneas (r=-0,40) e % de gordura (r=-0,44) nas meninas de 7
anos.Conclusões: Não houve diferenças entre os níveis de AF quando considerados
o gênero e a idade. Ademais, a considerar as correlações significativas (porém,
moderadas): a) para as crianças de 9 anos, há associação direta entre AFglobal e
desempenho em algumas provas de CoM; b) para meninas de 7 anos, há relação
inversa entre AFg