Resumo

Assimetrias na pedalada quantificadas durante o ciclismo estacionário, em que a postura do ciclista e a intensidade não mudam significativamente, podem não reproduzir situações de treino e competições em que os ciclistas experimentam diferentes intensidades e optam por mudar a postura no selim para otimização da potência. Estudos prévios mostraram assimetrias no torque e potência de ciclistas. Não é claro se mudanças na posição do selim e intensidade afetam essas assimetrias. O objetivo do presente estudo foi determinar as assimetrias na pedalada durante o ciclismo em diferentes alturas de selim e diferentes intensidades de esforço. Doze ciclistas competitivos realizaram um teste incremental máximo, um teste de carga constante (domínio severo) e um teste de Wingate. Os testes de carga constante e Wingate foram repetidos usando três alturas de selim (referência e 2,5% abaixo ou acima da referência, que foi medida pela distância da sínfise púbica até o solo). O torque gerado no pedivela foi medido durante todo o ciclo de pedalada. Assimetrias (maior torque na perna preferida) foram encontradas em todas as alturas de selim (p<0,001) em ambas as intensidades. O índice de assimetria foi similar em todas as alturas de selim (p<0,05) em ambas as intensidades. Os resultados sugerem que ciclistas assimétricos apresentam um padrão consistente independente de pequenas mudanças na posição do selim ou intensidade do exercício. Como implicação prática, ciclistas produzindo torque assimétrico podem estar adaptados a esta condição e sendo continuamente expostos a esforços e sobrecargas assimétricas nos membros inferiores.

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