Resumo

Este estudo teve por objetivo avaliar a relação entre os níveis de atividade física, fadiga e qualidade de vida em mulheres diagnosticadas com câncer de mama. Realizou-se um estudo transversal, descritivo que compreendeu 215 mulheres, entre 40 a 65 anos, assistidas em um hospital de referência para tratamento do câncer da Cidade de Natal/RN, Brasil. Para avaliar a atividade física foi utilizado o questionário International Physical Activity Questionnaire - IPAQ (versão curta). Avaliou-se a fadiga por meio da escala de Piper revisada. A avaliação da qualidade de vida se deu através do WHOQOL-Bref e EORTC QLQ-C30. A análise estatística foi realizada utilizando o programa estatístico MINITAB versão16. Além de análises descritivas das variáveis categorizadas, utilizou-se o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis. Com o intuito de avaliar possíveis associações entre as variáveis qualitativas, utilizou-se o teste de Qui quadrado de Pearson. Considerou-se o nível de significância de 5% para os testes. Os resultados mostraram que média de idade foi 52,66 anos (DP = 8,6), cor branca (58,14%) e classificadas com sobrepeso (55,81%). Detectou-se alta prevalência de fadiga (72,09%) e mulheres mais ativas apresentaram menor percentual deste sintoma (p<0,001). Os escores médios para qualidade de vida foram significativamente menores para as mulheres com fadiga (p<0,001). Mulheres mais ativas apresentaram melhores índices em todas as escalas de QV (EORTC) principalmente na capacidade funcional (p<0,001) quando comparadas com as não ativas. Identificou-se associação significativa entre o nível de atividade física e a QV geral (WHOQOL-Bref) para todos os domínios (p<0,001) quando comparados os níveis de atividade física. Os sintomas do climatério variaram de leve a forte intensidade não apresentando resultados estatisticamente significativos, no entanto, as mais ativas apresentaram menos sintomas quando comparadas com as sedentárias. Constatou-se neste estudo que as mulheres com mais alto nível de atividade física apresentaram menos sintomas de fadiga e escores mais altos de qualidade de vida, concluindo-se que a atividade física tem influencia positiva sobre a fadiga e a QV de mulheres diagnosticadas com câncer de mama.

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