Influência da Caminhada na Cognição e Composição Corporal de Mulheres Idosas
Por Paula Teixeira Fernandes (Autor), Ricardo Aurélio Carvalho Sampaio (Autor), Vinícius Nagy Soares (Autor), Rafael Afonso de Oliveira (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 24, n 1, 2019.
Resumo
Resumo
O objetivo deste estudo foi verificar a influência da caminhada em variáveis cognitivas e antropométricas de mulheres idosas. Foram recrutadas 30 mulheres destreinadas, sem doenças neurodegenerativas, com média de idade de 64,40 ± 3,71 anos, divididas por conveniência em grupo de intervenção (n = 16) e controle (n = 14). O grupo de intervenção foi submetido à prática de jogos desportivos, caminhada e alongamento, em ambientes abertos, durante três meses, duas vezes por semana. O grupo controle não participou de nenhum programa de atividade física. Antes e após a intervenção, todas as idosas foram submetidas aos testes Códigos WAIS-III, Color Trail Test (CTT-A e CTT-B), e medidas de massa corporal e estatura (determinação do índice de massa corporal – IMC), circunferência da cintura e do quadril (razão cintura-quadril – RCQ). O grupo de intervenção melhorou o desempenho no teste Códigos WAIS-III (Δ = 8,68; IC95%: 6,7; 10,7) e reduziu os tempos de execução dos testes CTT-A (Δ = -7,94; IC95%: -13,1; -2,8) e CTT-B (Δ = -18,59; IC95%: -31,4; -5,8). As modificações do grupo controle não foram estatisticamente significativas (p > 0,05). Conclui-se que a prática de caminhada pode melhorar habilidades cognitivas de mulheres idosas destreinadas.
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Publicado
13-12-2019
Edição
v. 24 (2019)
Seção
Artigos Originais
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