Influência da Creatina Quinase Sobre a Proteína C-reativa na Adaptação Muscular
Por Luís ângelo Macêdo Santiago (Autor), Lídio Gonçalves Lima Neto (Autor), Guilherme Borges Pereira (Autor), Richard Diego Leite (Autor), Cristiano Teixeira Mostarda (Autor), Francisco Navarro (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 25, n 5, 2019.
Resumo
Introdução
O envelhecimento é um processo natural e marcado por mudanças e adaptações, tanto biológicas quanto fisiológicas. Com relação às adaptações, existem inúmeros trabalhos que abordam essas respostas decorrente a vários tipos de treinamento. O treinamento resistido (TR) pode ser avaliado por parâmetros bioquímicos, como a creatina quinase (CK), que é um grande marcador de estresse da musculatura esquelética. A proteína C-reativa (PCR) é um marcador bioquímico utilizado para avaliar o dano no sistema muscular cardíaco.
Objetivo
Avaliar a influência da CK sob a PCR em idosas em TR.
Métodos
Estudo do tipo experimental com dez idosas (61 ± 1,8 anos). As análises de CK e PCR foram coletadas em sangue venoso periférico antes e 24 horas após as 8 semanas de TR. Medidas antropométricas foram realizadas: índice de massa corporal (IMC), relação da cintura e o quadril (RCQ) e composição corporal. O TR foi realizado por série combinada (Bi-Set). Para análise estatística, primeiramente foi realizado o teste de normalidade de Shapiro-Wilk, apresentando p > 0,05) e comprovando a utilização de testes paramétricos. As variáveis do grupo foram apresentadas como média e desvio padrão. Para comparação das amostras dependentes de evolução das cargas foi realizado a ANOVA one-way pareada para medidas repetidas, seguida de pós-teste de Tukey. Para variáveis de CK e PCR, foi realizado teste t de Student pareado para os momentos pré e pós-8 semanas de TR, assim como o ANOVA one-way e, quando necessário, o pós-teste de Tukey. O nível de significância adotado foi de p ≤ 0,05.
Resultados
Houve diminuição estatisticamente significativa, tanto para as concentrações séricas de CK, quanto para PCR, o que indicou redução de 73,14% e 75%, respectivamente.
Conclusão
O TR de longa duração promoveu influências entre biomarcadores avaliados por meio do dano do músculo esquelético (CK) e dano do músculo cardíaco (PCR), determinando adaptação e remodelamento muscular em qualquer faixa etária. Nível de evidência II; Investigação dos resultados do tratamento.