Resumo

O objetivo do estudo foi verificar a influência da força de preensão manual (FPM) na competência motora (CM) e qualidade da escrita (QE) de crianças em processo de aprendizagem da escrita. Participaram do estudo 61 escolares de 05 a 07 anos matriculadas no primeiro ano escolar. Para mensurar FPM utilizou-se um dinamômetro de mão e para avaliar a CM utilizou-se o teste de Bruininks-Oseretsky Test of Motor Proficiency, Second Edition BOT-2 nas dimensões Precisão Motora Fina (PMF), Integração Motora Fina (IMF), Destreza manual (DM) e Coordenação Bilateral (CB). A avaliação da QE foi feita pelos professores. Para a análise estatística utilizou-se ANOVA one-way para comparar a CM e QE de acordo com a FPM. ANOVA two-way para comparar a CM e QE de acordo com a FPM e sexo. De forma geral, a FPM mostrou-se maior (p<0,05) em ambas as mãos dos meninos (direita =8,1±1,0kg; esquerda=7,8±1,3kg) comparados com as meninas (direita =6,8±0,9kg; esquerda =6,6±1,3kg). Quando separados em tercis dos níveis de FPM, independente do sexo, a CM foi maior nas crianças de mais alta força. Quando foram divididas pela mediana da força e com base no sexo, os meninos de alta força (acima da mediana) foram superiores aos meninos de baixa força (p<0,01) e que as meninas, independe do nível de força (p<0,05). Nenhum efeito foi encontrado na QE. Os resultados sugerem que em crianças em aprendizagem da escrita, a FPM parece impactar a CM, favorecendo os meninos com alta força, porém a QE parece não ser influenciada pela força, independente do sexo.

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