Influência da Força de Preensão Manual na Competência Motora e Qualidade da Escrita de Crianças em Processo de Aprendizagem de Escrita
Por Mariana Ardengue (Autor), Luciana Ferreira (Autor), Pollyana Mayara Nunhes (Autor), José Luiz Lopes Vieira (Autor), Ademar Avelar (Autor).
Resumo
O objetivo do estudo foi verificar a influência da força de preensão manual (FPM) na competência motora (CM) e qualidade da escrita (QE) de crianças em processo de aprendizagem da escrita. Participaram do estudo 61 escolares de 05 a 07 anos matriculadas no primeiro ano escolar. Para mensurar FPM utilizou-se um dinamômetro de mão e para avaliar a CM utilizou-se o teste de Bruininks-Oseretsky Test of Motor Proficiency, Second Edition BOT-2 nas dimensões Precisão Motora Fina (PMF), Integração Motora Fina (IMF), Destreza manual (DM) e Coordenação Bilateral (CB). A avaliação da QE foi feita pelos professores. Para a análise estatística utilizou-se ANOVA one-way para comparar a CM e QE de acordo com a FPM. ANOVA two-way para comparar a CM e QE de acordo com a FPM e sexo. De forma geral, a FPM mostrou-se maior (p<0,05) em ambas as mãos dos meninos (direita =8,1±1,0kg; esquerda=7,8±1,3kg) comparados com as meninas (direita =6,8±0,9kg; esquerda =6,6±1,3kg). Quando separados em tercis dos níveis de FPM, independente do sexo, a CM foi maior nas crianças de mais alta força. Quando foram divididas pela mediana da força e com base no sexo, os meninos de alta força (acima da mediana) foram superiores aos meninos de baixa força (p<0,01) e que as meninas, independe do nível de força (p<0,05). Nenhum efeito foi encontrado na QE. Os resultados sugerem que em crianças em aprendizagem da escrita, a FPM parece impactar a CM, favorecendo os meninos com alta força, porém a QE parece não ser influenciada pela força, independente do sexo.