Resumo

Introdução: A prevalência de idosos na população brasileira tem aumentado a cada ano e com isso, aumenta-se a preocupação em estudar essa população. O envelhecimento está associado a um declinio progressivo das capacidades funcionais, afetando diferentes parâmetros da aptidão física, especialmente a força e potência muscular. Além do envelhecimento, muitos idosos desenvolvem obesidade, o que também pode contribuir para alterações metabólicas e fisiológicas nessa população. Entretanto, a presença de obesidade no indivíduo idoso parece exercer um efeito protetor contra a perda da força e da potência muscular. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi comparar a potência muscular de membros inferiores (MMII) entre idosas obesas e não obesas. Métodos: A amostra foi composta por 32 idosas fisicamente ativas. A estatura (cm) e o peso (kg) foram mensurados por meio da balança digital com estadiâmetro acoplado. A presença da obesidade foi avaliada pelo Indice de Massa Corporal (IMC) k 30 kglm2. Para obtenção da massa livre gordura (MLG) utilizou-se o método de impedãncia bioelétrica (marca Maltron, modelo BF900). Para mensurar a potência muscular dos MMII utilizou-se a plataforma de força (EMG, System do Brasil®), na qual foi realizado o teste de salto Counter Movement Jump (CMJ). Considerando a natureza não-paramétrica dos dados, Utilizou-se o leste de Mann Whitney para a comparação dos grupos e a correlação Spearman. Adotou-se o valor para significância estatística de p50,05. Resultados: Não houve diferença significativa na idade e estatura entre os grupos, contudo, a MLG foi significativamente maior entre as idosas obesas comparada ás não-obesas. Não houve diferença significativa na potência absoluta (p=0,45), potência relativa à MC (Massa Corporal) (p=0,08) e na potência relativa à MLG (p=0,97) entre idosas obesas e não-obesas. Verificou-se correlação positiva e significante entre a MLG e a potência absoluta de MMII entre as idosas obesas e não-obesas (r=0,76, p=0,001), sendo que a variação da MLG explicou 58% da variação da potência absoluta observada entre as idosas. Conclusão: O presente estudo demonstrou que a obesidade em idosas fisicamente ativas não afetou negativamente a potência muscular de membros inferiores quando comparadas ao grupo não-obesas. 

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