Influência da Obesidade Sobre a Potência Muscular de Membros Inferiores de Idosas Fisicamente Ativas
Por Jackeline Galego Palcal (Autor), Carla Eloise Costa (Autor), Pedro Paulo Deprá (Autor), Wendell Arthur Lopes (Autor), Jonathan Henrique Carvalho Nunes (Autor), Jaqueline Cid Buratto (Autor).
Em 43º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: A prevalência de idosos na população brasileira tem aumentado a cada ano e com isso, aumenta-se a preocupação em estudar essa população. O envelhecimento está associado a um declinio progressivo das capacidades funcionais, afetando diferentes parâmetros da aptidão física, especialmente a força e potência muscular. Além do envelhecimento, muitos idosos desenvolvem obesidade, o que também pode contribuir para alterações metabólicas e fisiológicas nessa população. Entretanto, a presença de obesidade no indivíduo idoso parece exercer um efeito protetor contra a perda da força e da potência muscular. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi comparar a potência muscular de membros inferiores (MMII) entre idosas obesas e não obesas. Métodos: A amostra foi composta por 32 idosas fisicamente ativas. A estatura (cm) e o peso (kg) foram mensurados por meio da balança digital com estadiâmetro acoplado. A presença da obesidade foi avaliada pelo Indice de Massa Corporal (IMC) k 30 kglm2. Para obtenção da massa livre gordura (MLG) utilizou-se o método de impedãncia bioelétrica (marca Maltron, modelo BF900). Para mensurar a potência muscular dos MMII utilizou-se a plataforma de força (EMG, System do Brasil®), na qual foi realizado o teste de salto Counter Movement Jump (CMJ). Considerando a natureza não-paramétrica dos dados, Utilizou-se o leste de Mann Whitney para a comparação dos grupos e a correlação Spearman. Adotou-se o valor para significância estatística de p50,05. Resultados: Não houve diferença significativa na idade e estatura entre os grupos, contudo, a MLG foi significativamente maior entre as idosas obesas comparada ás não-obesas. Não houve diferença significativa na potência absoluta (p=0,45), potência relativa à MC (Massa Corporal) (p=0,08) e na potência relativa à MLG (p=0,97) entre idosas obesas e não-obesas. Verificou-se correlação positiva e significante entre a MLG e a potência absoluta de MMII entre as idosas obesas e não-obesas (r=0,76, p=0,001), sendo que a variação da MLG explicou 58% da variação da potência absoluta observada entre as idosas. Conclusão: O presente estudo demonstrou que a obesidade em idosas fisicamente ativas não afetou negativamente a potência muscular de membros inferiores quando comparadas ao grupo não-obesas.