Resumo

A ordem dos exercícios é uma importante variável do treinamento de força (TF), contudo seus efeitos na população idosa ainda não estão completamente elucidados. Nesse sentido, é objetivo do presente estudo analisar o efeito da manipulação de diferentes ordens de exercícios do treinamento em circuito na pressão arterial (PA) de repouso, força muscular e desempenho de testes funcionais em mulheres idosas hipertensas após um período de 12 semanas de treinamento. Para isso, as voluntárias foram divididas em dois grupos de forma intencional: a distribuição baseou-se na classe de medicamentos anti-hipertensivos com o intuito de equilibrar os grupos. Desta forma, o grupo (G1) realizou o treinamento com a sequência de exercícios: leg press (LP), puxada pela frente no pulley alto (PUX), cadeira extensora (CE), voador (VOA), flexão plantar (FP) e tríceps no pulley (TRI). E, o grupo 2 (G2) a ordem foi inversa TRI, FP, VOA, CE, PUX e LP. A frequência de treinamento constituiu de duas sessões semanais, com os exercícios aplicados no formato de circuito realizados com três séries, intervalo de 30 segundos entre os exercícios e faixa de repetições submáximas entre oito a 10. As medidas analisadas foram: PA de repouso, força muscular e desempenho de testes funcionais antes e após 12 semanas de treinamento. Os resultados demonstram reduções significativas na PA sistólica de repouso de 11,8 mmHg para o G1 e de 8,0 mmHg para o G2 (p<0,05). A PA diastólica não apresentou mudanças. A força muscular e o desempenho funcional melhoraram significativamente em todos os exercícios e testes aplicados para ambos os grupos e sem diferenças entre eles (p<0,05). Adicionalmente a análise do tamanho do efeito indicou valores de magnitude semelhantes em ambos os grupos. Concluindo, o TF no formato de circuito aplicado em mulheres idosas hipertensas pode ser considerado como uma ferramenta eficaz para o controle da PA, aumento dos níveis de força muscular e melhora do desempenho de testes funcionais independente da ordenação dos exercícios. 5 Desta forma, os protocolos utilizados no presente estudo podem ser aplicados não somente como meios de condicionamento físico, mais também como intervenção não farmacológica para combate a hipertensão arterial nesta população.

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