Influência da Ordem dos Exercícios no Volume Total do Treino Usando Diferentes Implementos em Uma Sessão de Treinamento de Força Para Membros Superiores
Por éder Rodrigues Carvalho (Autor), Eládio Nascimento Borges (Autor), Márcio Corrêa (Autor), Diego Reis (Autor), Euzébio de Oliveira (Autor), Deborah de Araújo Farias (Autor).
Em XX Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e VII CONICE - CONBRACE
Resumo
INTRODUÇÃO
A ordem dos exercícios é uma variável de grande importância para a prescrição do treinamento de força (TF). Ainda assim há controvérsias à respeito da relação entre desempenho e o posicionamento de exercícios uniarticulares e multiarticulares no início ou no final de uma sessão de TF. O objetivo deste estudo foi analisar a influência da ordem de exercícios sobre o volume total do treino no supino usando o supino reto na máquina (SRM), supino reto na barra (SRB) e supino reto com halteres (SRH) e o exercício tríceps polia (TP).
MÉTODOS
Dezenove homens saudáveis com experiência no TF participaram do estudo (27,9 ± 4,5 anos; 1,72 ± 1,9 kg/m²). As cargas de trabalho foram avaliadas pelo teste de 10 repetições máximas (SRM - 74,6 ± 8,1 kg; SRB - 81,5 ± 9,9 kg; SRH - 70,3 ± 8,5 kg e TP – 35,1 ± 4,4 kg). Os sujeitos realizaram ambas as sequencias (SEQA e SEQB). Cada sequência foi composta por três protocolos (SEQ A – 1) SRM + TP; 2) SRB + TP; 3) SRH + TP e (SEQB – 1) TP + SRM; 2) TP + SRB; 3) TP + SRH). Os protocolos foram realizados em dias não consecutivos com 48 horas de intervalo. Quatro séries para cada exercício realizada até a falha concêntrica. Foram dados dois minutos de intervalo entre as séries de cada exercício. Os exercícios foram realizados em cadência padrão, sendo dois segundos para a fase concêntrica e dois segundos para a fase excêntrica. O volume (carga x repetição) foi calculado para cada implemento.
RESULTADOS
Os dados mostram o volume total de cada implemento para os exercício supino reto e tríceps na polia na SEQ A e SEQ B. Na SEQ A, SRM (VT = 2269,8 ± 389,0); SRB (VT = 2273,8 ± 441,4); SRH (VT = 2193,5 ± 217,6) e volume total para o tríceps polia após supino reto com barra: SRB + TP (VT = 1204,4 ± 249,4 kg); tríceps polia após supino reto com halteres: SRH + TP (VT = 1216,8 ± 287,5 kg); tríceps polia após supino reto na máquina: SRM + TP (VT = 1097,5 ± 193 kg). Na SEQ B, supino reto na máquina após o tríceps na polia: TSRM (VT = 1885,1 ± 362,5); supino reto com barra após o tríceps na polia: TSRB (VT = 1995,9 ± 448,8); supino reto com halteres após o tríceps na polia: TSRH (VT = 1799,6 ± 303,3); exercício tríceps na polia antes do supino reto na máquina: TP + SRM ( VT = 1350,7 ± 252,0); exercício tríceps na polia antes do supino reto com barra: TP + SRB (VT = 1369,7 ± 301,5); exercício tríceps na polia antes do supino reto com halteres: TP + SRH ( VT = 1343,9 ± 258,0).
Houve diferença significativa entre ambas as sequencias para todos os exercícios e na SEQ A para o TP, um volume significativamente maior foi alcançado quando este exercício foi realizado na sequência SRB + TP (VT = 1204,4 ± 249,4 kg) e SRH + TP (VT = 1216,8 ± 287,5 kg) versus o SRM + TP (VT = 1097,5 ± 193 kg).
CONCLUSÕES
Estes resultados sugerem que a ordem dos exercícios e os implementos usados influenciam no desempenho do supino reto e tríceps na polia. Profissionais que trabalham com o condicionamento físico e treinamento de força e os praticantes que tem como objetivo o aumento do volume de treinamento devem desconsiderar o uso do supino reto na máquina em sequência de grandes grupos musculares para pequenos grupos musculares pois este implemento influência negativamente o exercício tríceps na polia.