Influência da Redução da Força Muscular em Idosos nos Parâmetros Biomecânicos da Marcha
Por Deborah Hebling Spinoso (Autor), Camilla Zamfollini Hallal (Autor), Nise Ribeiro Marques (Autor), Aline Harumi Karuka (Autor), Fernanda Cristina Milanezi (Autor), Mauro Gonçalves (Autor).
Resumo
O objetivo do estudo foi analisar como a diminuição da força muscular dos extensores de joelho afeta o comportamento de variáveis biomecânicas durante a marcha simples e com dupla tarefa. Participaram do estudo 15 jovens (GJ), 14 idosas com força normal (GIN) e 13 idosas com força reduzida (GIR). O nível de força foi determinado pelo torque extensor de joelho, considerando o limiar de 1.5NKg-1. A avaliação biomecânica da marcha foi feita utilizando um sistema de análise 3D com uma plataforma de força. As condições analisadas foram marcha em velocidade de preferência (I), marcha em velocidade de preferência com carga (II), marcha em velocidade de preferência falando ao telefone (III), marcha em velocidade de preferência com obstrução da visão dos pés (IV) e marcha em velocidade de preferência máxima (V). Os resultados mostraram que GIR e GIN apresentaram alterações cinéticas e cinemáticas durante as condições de marcha com dupla tarefa motora e cognitiva em relação ao GJ. Entretanto apenas as variáveis taxa de propulsão e força de reação do solo vertical (p < 0.05) durante as condições de marcha com dupla tarefa foram capazes de diferenciar os grupos de idosos. Dessa maneira podemos concluir que a avaliação da marcha com dupla tarefa é capaz de diferenciar idosos com comprometimento de força muscular. Além disso, a força dos extensores de joelho é determinante dos parâmetros velocidade de marcha e força de reação do solo, sendo assim a fraqueza desse grupo muscular associado às alterações cinemáticas da marcha pode comprometer a execução de um padrão de marcha eficiente e seguro, tanto em condições simples como durante dupla-tarefa, resultando em maior risco de quedas e incapacidade funcional.