Resumo

INTRODUÇÃO: Evidências atuais sugerem que a AF e CS podem ser influenciados por processos reflexivos e impulsivos, portanto, compreender os determinantes psicológicos que intervêm nestes comportamentos de saúde é crucial. OBJETIVO: Fundamentado no Modelo Reflexivo e Impulsivo, o objetivo do estudo foi investigar a influência das atitudes implícitas e atitudes explícitas sobre a AF espontânea e CS aferidos por acelerometria. MÉTODOS: Duzentos e cinquenta e cinco participantes (idade 45,78 ± 17,7 anos; 63,5% adultos; 36,5% idosos; 65,9% mulheres; 67,7% fisicamente inativos; 84% > 8 horas em CS; IMC 27,48 ± 5,4 kg/m²) foram inclusos neste estudo transversal. Os níveis de AF e CS foram aferidos por acelerometria. As atitudes explícitas (benefícios percebidos, contras percebidos, norma social, modelagem social, autoeficácia e intenção – direção e intensidade) foram avaliadas por questionário. As atitudes implícitas foram avaliadas utilizando o Implicit Association Test - IAT. RESULTADOS: A atitude implícita se associou com a AFM (β = 0,10), AFMV (β = 2,38) e AFL (β = -11,31), após controle das atitudes explícitas. Referente as atitudes explícitas, a autoeficácia teve efeito direto sobre a AFM (β = 4,70) e AFMV (β = 4,07). A intenção intensidade previu a AFM (β = 0,10) e AFMV (β = 2,38). A norma social teve efeito direto sobre AFM (β = -0,18) e AFMV (β = -2,66). A maior percepção sobre a modelagem social e benefícios percebidos se associou diretamente com o CS (β = -0,22) e (β = -0,49), respectivamente. Adicionalmente, houve interações entre atitude implícita e intenção (intensidade) com AFM (β = 4,62) e AFMV (β = 3,96) e interações entre atitude implícita e norma social sobre a AFMV (β = 2,37). CONCLUSÃO: A predisposição impulsiva positiva interage com os processos reflexivos podendo facilitar a prática da AF. Os processos reflexivos podem desempenhar um fator protetor para um CS mais baixo.

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