Influência das Variáveis Cinemáticas Sobre o Desempenho do Chute Giro Dorsal de Atletas de Karatê de Alto Rendimento
Por Luciana Ferreira (Autor), José Roberto Andrade do Nascimento Junior (Autor), Ana Claudia Vieira Martins (Autor), George Roberts Piemontez (Autor), Anibal Alexandre Campos Bonilla (Autor), Noé Gomes Borges Junior (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 23, n 4, 2015. Da página 128 a 138
Resumo
Este estudo objetivou analisar o impacto das variáveis cinemáticas sobre o desempenho do chute giro dorsal de atletas de karatê. Participaram da pesquisa 12 atletas, faixas-preta de karatê. Para a aquisição dos dados foram utilizados: estadiômetro, balança, tapete de contato, alvo instrumentado e sistema de centrais inerciais (X-sens MVN Studio®). Para a análise estatística, utilizou-se a Regressão Linear Múltipla (p<0,05). Os resultados evidenciaram que o ângulo mínimo do joelho, o ângulo do joelho no momento do impacto e a amplitude do ângulo do joelho (Modelo 1) apresentaram um impacto de 61% na variabilidade da velocidade máxima do pé no momento do contato com o alvo (p=0,001); ao analisar o impacto do ângulo do joelho no impacto, ângulo mínimo do joelho, velocidade máxima do pé e velocidade do pé no impacto sobre o impulso durante o chute, observou-se que as variáveis cinemáticas explicam 32% do impulso do atleta (p=0,001). Concluiu-se as variáveis cinemáticas são elementos intervenientes na execução do chute, relevando assim a importância da biomecânica como uma ferramenta importante para o aperfeiçoamento de aspectos determinantes do desempenho do chute giro dorsal no karatê.