Resumo

Práticas motoras devem proporcionar às crianças a aquisição dos padrões maduros das habilidades fundamentais, mas a Educação Física escolar não parece oferecer estímulos suficientes. O objetivo foi investigar o efeito de aulas sistematizadas na coordenação motora de pré-escolares. O nível coordenativo de 84 crianças de quatro a cinco anos foi avaliado através da bateria de testes KTK, antes e após dois distintos programas de atividades motoras – aulas regulares de Educação Física de professores regentes (GC) e intervenção baseada na abordagem desenvolvimentista (GE). Comparamos as pontuações das tarefas entre os grupos para cada momento; entre pré e pós-teste para cada grupo; analisamos os tamanhos dos efeitos; e efetuamos análises posteriores segmentadas por sexo e por idade. Ambos os grupos melhoraram significativamente em todas as tarefas. No pós-teste, GE apresentou valores superiores aos de GC para uma tarefa apenas,  mas obteve efeitos maiores para todas as tarefas. Os resultados segmentados não diferiram quanto ao efeito das intervenções em relação ao sexo, mas indicaram que crianças mais jovens possam ser particularmente sensíveis a tais intervenções. Discutimos a relevância da aplicação de conteúdos sistematizados, variados, com dificuldade progressiva, e compatível com a faixa etária para um adequado desenvolmimento da coordenação motora de pré-escolares.

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