Influência de Corrida em Trilhas na Resistência do Solo à Penetração
Por Thomaz Tassinari (Autor), João Henrique Gaia Gomes (Autor), Geuzimar Terração da Silva (Autor), Marcos Gervásio Pereira (Autor).
Resumo
Assim como as trilhas servem como elo entre as pessoas e a natureza, servem também como vetores de propagação de desequilíbrios ambientais.A prática esportiva de corridas em trilhas pode promover modificações nas áreas onde são desenvolvidas. Em função desse impacto pode haver a compactação, decorrente das cargas aplicadas à superfície do solo.Com a compactação se observa um aumento na resistência à penetração do solo, redução da porosidade total, da macroporosidade e da infiltração de água, sendo favorecido o processo erosivo.O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência do solo a penetração (RSP) ao longo uma trilha de 3,5 km recém aberta,antes e depois de uma prova de corrida do Circuito KTR – Kailash Trail Run. O estudo foi conduzido na RPPN Instituto Alto Montana, localizada no município de Itamonte – MG. A RPPN possui uma área de 672 hectares e com altitudes variando de 1.650 m a 2.546 m.A resistência do solo à penetração (RSP) foi determinada com o uso de penetrômetro de impacto com ângulo de ponteira cônica de 30º. Foram realizadas 35determinaçõesgeorreferenciadas com auxilio do GPS Trimbe Pathfinder – ProXT ao longo da trilha, antes e depois do evento.Os dados de campo foram obtidos em números de impactos (dm-¹), tendo sido transformados para “megapascal” (Mpa).Foi aplicado o teste estatístico “t” de Student com duas amostras em par para médias para a verificação da hipótese de alteração no parâmetro RSP devido à corrida. A análise foi realizada para com nível de significância de 5 %. O resultado é mostrado na Tabela 1, no valor de P(T<=t) bi-caudal superior a 0,05