Influência do Ciclo Menstrual na Força Muscular e Percepção de Esforço em Atletas de Natação
Por Lua Santos Fortes (Autor), Eveline Moreira Moraes (Autor), André Luiz Teixeira (Autor), Ingrid Bárbara Ferreira Dias (Autor), Roberto Simão (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 23, n 4, 2015. Da página 121 a 127
Resumo
RESUMO: A influência das diferentes fases do ciclo menstrual (CM) no desempenho físico tem sido alvo de diversos estudos. Entretanto, os achados relacionados à força muscular ainda permanecem controversos. O objetivo do presente estudo foi verificar a influência do CM na força muscular e percepção subjetiva do esforço (PSE) em atletas de natação usuárias de contraceptivos orais. Dez atletas das categorias Sênior e Júnior (18,7 ± 1,6 anos; 64,4 ± 5,4 kg; 165,0 ± 0,0 cm) realizaram, de forma aleatória, três sessões experimentais, sendo uma em cada fase do CM: folicular (1º ao 4º dia do CM), ovulatória (12º ao 15º dia) e lútea (21º ao 27º dia). A força muscular foi avaliada pelo teste de dez repetições máximas (10RM) nos exercícios: leg-press 45º, puxada pela frente, agachamento livre e supino reto. A PSE foi verificada através da escala OMINI-RES (0 a 10). Os resultados demonstraram que a carga para 10RM na puxada pela frente foi maior na fase ovulatória (33,0 ± 2,58 kg) em comparação a fase folicular (30,5 ± 1,58 kg; p < 0,05). No agachamento houve diferença entre as fases folicular (70,0 ± 20,68 kg; p < 0,05) e lútea (78,3 ± 20,47 kg; p < 0,05). Para a PSE, houve diferença apenas no supino reto entre as fases folicular e lútea (7,8 ± 1,23 vs. 9,0 ± 1,25, respectivamente; p < 0,05). Podemos concluir que as diferentes fases do CM podem alterar a força muscular e a PSE em atletas de natação que utilizam contraceptivos orais.