Influência do Estatuto Posicional nas Dinâmicas de Criação de Espaço em Pequenos Jogos 3vs.3 no Basquetebol
Por Sarah da Glória Teles Bredt (Autor), Juliana de Oliveira Torres (Autor), Juan Carlos Pérez Morales (Autor), Pablo Juan Greco (Autor), Mauro Heleno Chagas (Autor).
Em II Congresso Internacional de Pedagogia do Esporte FCA-UNICAMP/SESC - CONIPE
Resumo
Introdução: Modelos de ensino centrados na aquisição do conhecimento tático declarativo e/ou processual utilizam diferentes pequenos jogos (PJ) para facilitar a compreensão do jogo formal (GRECO; MEMMERT; MORALES, 2010). As Dinâmicas de Criação de Espaço (DCEs) configuram as ações técnico-táticas realizadas no ataque para criar as situações de finalização (LAMAS et al., 2011). O conhecimento das dinâmicas utilizadas pelos jogadores de cada posição permite ajustar os PJ no ensino-treinamento para delinear a atuação de cada estatuto posicional. Objetivo: Comparar o número de DCEs realizadas por cada estatuto posicional em PJ 3vs.3 no basquetebol. Metodologia: Doze atletas de basquetebol, divididos em 4 equipes compostas por um armador, um ala e um pivô, jogaram 6 PJ 3vs.3 (2x5min.) em meia quadra de basquetebol (15x14m) com 2 tabelas auxiliares. Os PJ foram filmados para análise das DCEs realizadas por cada estatuto posicional. Comparou-se as frequências de DCEs utilizando-se o teste de Kruskal-Wallis, o post hoc de Dunn (nível de significância 5%) e o tamanho do efeito r (FIELD, 2009). Todos os procedimentos éticos foram considerados (CAAE-50722215.7.0000.5149). Resultados: Encontrou-se diferenças significativas entre as posições para as frequências de DCEs. Os alas apresentaram um número menor de DCEs comparados aos armadores (p=0,001, efeito grande) e pivôs (p = 0,027, efeito grande) em cada série de PJ. Armadores e pivôs não apresentaram diferenças no número de DCEs (p = 0,999). Conclusões: Pequenos jogos 3vs.3 apresentam maior área relativa próximo à cesta comparado ao jogo formal. Isso pode ter favorecido uma maior atuação dos armadores e pivôs no momento da finalização em detrimento dos alas, uma vez que os alas apresentam menor vantagem física ou técnico-tática em relação aos pivôs e armadores, respectivamente.