Resumo

Introdução: Modelos de ensino centrados na aquisição do conhecimento tático declarativo e/ou processual utilizam diferentes pequenos jogos (PJ) para facilitar a compreensão do jogo formal (GRECO; MEMMERT; MORALES, 2010). As Dinâmicas de Criação de Espaço (DCEs) configuram as ações técnico-táticas realizadas no ataque para criar as situações de finalização (LAMAS et al., 2011). O conhecimento das dinâmicas utilizadas pelos jogadores de cada posição permite ajustar os PJ no ensino-treinamento para delinear a atuação de cada estatuto posicional. Objetivo: Comparar o número de DCEs realizadas por cada estatuto posicional em PJ 3vs.3 no basquetebol. Metodologia: Doze atletas de basquetebol, divididos em 4 equipes compostas por um armador, um ala e um pivô, jogaram 6 PJ 3vs.3 (2x5min.) em meia quadra de basquetebol (15x14m) com 2 tabelas auxiliares. Os PJ foram filmados para análise das DCEs realizadas por cada estatuto posicional. Comparou-se as frequências de DCEs utilizando-se o teste de Kruskal-Wallis, o post hoc de Dunn (nível de significância 5%) e o tamanho do efeito r (FIELD, 2009). Todos os procedimentos éticos foram considerados (CAAE-50722215.7.0000.5149). Resultados: Encontrou-se diferenças significativas entre as posições para as frequências de DCEs. Os alas apresentaram um número menor de DCEs comparados aos armadores (p=0,001, efeito grande) e pivôs (p = 0,027, efeito grande) em cada série de PJ. Armadores e pivôs não apresentaram diferenças no número de DCEs (p = 0,999). Conclusões: Pequenos jogos 3vs.3 apresentam maior área relativa próximo à cesta comparado ao jogo formal. Isso pode ter favorecido uma maior atuação dos armadores e pivôs no momento da finalização em detrimento dos alas, uma vez que os alas apresentam menor vantagem física ou técnico-tática em relação aos pivôs e armadores, respectivamente.

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