Influência do exercício físico no desfecho de infecções virais: revisão bibliográfica de duas décadas de evidências
Por Bruno Henrico Bertoni (Autor), Anny Caroline dos Santos Caixa (Autor), Thalita Silva de Oliveira (Autor), Derick Mendes Bandeira (Autor).
Em Revista Brasileira de Qualidade de Vida v. 13, n 1, 2021.
Resumo
Sumarizar as evidências das últimas duas décadas sobre o efeito do exercício no desfecho de diferentes infecções virais.
MÉTODOS: Foi realizada busca de artigos científicos nas bases de dados PubMed, Google Acadêmico, SciELO, LILACS e Web of Science, publicados entre 2001 e 2020, que relacionaram a atividade física com infecções virais. Após análise de título, resumo e texto completo, foram selecionados os que atendiam ao objetivo da pesquisa, excluindo trabalhos com animais, artigos de revisão ou publicados em idiomas que não fossem o português, inglês e espanhol. Após seleção final, foi realizado fichamento dos textos e escrita da revisão.
RESULTADOS: Após busca e aplicação dos critérios de exclusão foram selecionados 49 artigos. A maior parte das publicações se concentravam nas temáticas do vírus da imunodeficiência humana e os herpesvírus humanos tipos 4 e 5. Em menor medida foram encontradas pesquisas sobre a relação da atividade física e os vírus das hepatites B e C, vírus T-linfotrópico humano do tipo 1 e alguns vírus causadores de infecção no trato respiratório.
CONCLUSÕES: Exercícios físicos intensos podem ser prejudiciais (ou até inviáveis) para infectados por Herpesvírus humano tipos 4 e 5 e vírus Influenza, pacientes com hepatites B e/ou C crônicas em estágio avançado de hepatopatia ou com paraparesia espástica tropical causada pelo Vírus T-linfotrópico humano do tipo 1 (HTLV-1). Em geral, a atividade física não desgastante e regular é benéfica para prevenir o adoecimento e o desenvolvimento de quadros clínicos graves ou fatais.