Influência do Polimorfismo I/d do Gene da Eca na Hpe de Jovens Normotensos
Por Manuella de Oliveira Fernandes (Autor), Luan Morais Azevêdo (Autor), Silvio Santana Dolabella (Autor), Emerson Pardono (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 21, n 4, 2015. Da página 308 a 313
Resumo
Introdução: A hipotensão pós-exercício (HPE) é considerada uma estratégia não farmacológica adotada para redução da pressão arterial (PA). Ademais, sabe-se que a presença de alguns polimorfismos genéticos influencia a resposta pressórica, como o I/D do gene da enzima conversora da angiotensina (ECA). Objetivo: Analisar a influência do polimorfismo I/D da ECA sobre a HPE após três diferentes intensidades de exercício em jovens normotensos e fisicamente ativos. Métodos: Vinte e seis jovens saudáveis (DD = 11; ID/II = 15) realizaram uma sessão máxima de 1.600 metros, na pista de atletismo e outras três sessões experimentais (Sessão Moderada: 6% abaixo do limiar anaeróbio, Sessão Intensa: 6% acima do limiar anaeróbio e Sessão de Controle), com aferições prévias da PA, por 20 minutos e posteriores ao exercício por 60 minutos. Resultados: Observou-se que o exercício moderado ocasionou HPE independentemente do grupo genotípico, sendo mais evidente para a pressão arterial sistólica nos momentos 45 minutos e 60 minutos (p ≤ 0,05). Verificou-se também que a característica gênica exerceu influência sobre a área abaixo da curva pressórica (p ≤ 0,005) sobre a pressão arterial diastólica, formada 1 hora após o exercício. Conclusão: Conclui-se que o exercício moderado ocasiona HPE em jovens normotensos e fisicamente ativos, independentemente do polimorfismo I/D no gene da ECA, sendo que esse polimorfismo exerce influência sobre a hipotensão diastólica, e os indivíduos portadores do alelo I apresentam maior decai-mento da PA diastólica (PAD).