Resumo

Introdução: A hipotensão pós-exercício (HPE) é considerada uma estratégia não farmacológica adotada para redução da pressão arterial (PA). Ademais, sabe-se que a presença de alguns polimorfismos genéticos influencia a resposta pressórica, como o I/D do gene da enzima conversora da angiotensina (ECA). Objetivo: Analisar a influência do polimorfismo I/D da ECA sobre a HPE após três diferentes intensidades de exercício em jovens normotensos e fisicamente ativos. Métodos: Vinte e seis jovens saudáveis (DD = 11; ID/II = 15) realizaram uma sessão máxima de 1.600 metros, na pista de atletismo e outras três sessões experimentais (Sessão Moderada: 6% abaixo do limiar anaeróbio, Sessão Intensa: 6% acima do limiar anaeróbio e Sessão de Controle), com aferições prévias da PA, por 20 minutos e posteriores ao exercício por 60 minutos. Resultados: Observou-se que o exercício moderado ocasionou HPE independentemente do grupo genotípico, sendo mais evidente para a pressão arterial sistólica nos momentos 45 minutos e 60 minutos (p ≤ 0,05). Verificou-se também que a característica gênica exerceu influência sobre a área abaixo da curva pressórica (p ≤ 0,005) sobre a pressão arterial diastólica, formada 1 hora após o exercício. Conclusão: Conclui-se que o exercício moderado ocasiona HPE em jovens normotensos e fisicamente ativos, independentemente do polimorfismo I/D no gene da ECA, sendo que esse polimorfismo exerce influência sobre a hipotensão diastólica, e os indivíduos portadores do alelo I apresentam maior decai-mento da PA diastólica (PAD).
 

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