Influência do Sexo na Modulação Autonômica Cardíaca em Diferentes Tipos de Recuperação Pós-exercício Máximo
Por Cesar Siqueira Aleixes de Mello (Autor), Alynne Damião Ferreira (Autor), Jaqueline Alves de Araújo (Autor), Lucieli Teresa Cambri (Autor), Geovane José Tolazzi (Autor), Gisela Arsa da Cunha (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
INTRODUÇÃO: O exercício físico é um estímulo estressor capaz de promover alterações autonômicas cardíacas, e de propiciar exposição a eventos cardiovasculares durante e após sua realização. Apesar disso, a influência do sexo na recuperação autonômica pós-exercício máximo é pouco investigada. OBJETIVO: Analisar a influência do sexo e do tipo de recuperação ativa (A) e passiva (P) na modulação autonômica cardíaca na recuperação pós-exercício máximo. METODOLOGIA: Foram avaliados 24 jovens saudáveis não treinados (12 homens - 22,29 ± 2,83 anos; 23,88 ± 2,39 kg.m²; 19,80 ± 3,83 %GC) e 12 mulheres – 24,39 ± 5,03 anos; 21,61 ± 2,09 kg.m²; 26,73 ± 4,71 %GC) que foram avaliados em repouso, exercício e na recuperação pós-teste progressivo máximo em cicloergômetro (INBRAMED, CG-04), realizado de forma A e P aletoriamente. Os índices da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) (LnRMSSD e LnSDNN) foram avaliados por meio do cardiofrequêncimetro durante os 5 min da recuperação e nos 5 min posteriores, janelados a cada 30 s. Para verificar a normalidade e a homogeneidade dos dados foi utilizado o teste de Shapiro Wilk e de Levene, respectivamente. Para comparar as variáveis em repouso, exercício e recuperação foram utilizados ANOVA de três vias com medidas repetidas e post-hoc de Bonferroni. RESULTADOS: Homens jovens apresentaram maiores valores dos índices LnRMSSD e LnSDNN em repouso, exercício e em todos os momentos pós-exercício, independente da recuperação, comparado as mulheres. Para ambos os grupos, ao comparar as recuperações (A) e (P) não houve diferença para o LnRMSSD, mas foi observado maiores valores do LnSDNN na recuperação passiva aos 30, 60, 240, 270, 300 e 480 s para os homens e apenas aos 240 s para as mulheres comparado a recuperação ativa. CONCLUSÃO: Independente da recuperação, homens jovens não treinados apresentam maior modulação autonômica cardíaca em repouso e após exercício progressivo máximo comparado aos seus pares do sexo feminino. Independente do sexo, não houve diferença entre o tipo de recuperação no restabelecimento da atividade parassimpática, entretanto, homens jovens apresentam maior balanço simpato-vagal na recuperação passiva comparada a ativa, sem diferença entre o tipo recuperação no balanço simpato-vagal de jovens do sexo feminino.